quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tabaco Mac Baren HH Vintage Syrian - resenha completa



Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
 
(Lulu Santos)

 
Prezados confrades e amigos, primeiramente peço desculpas por não ter postados sobre a evolução desse tabaco; e partir direto para a resenha. Recebi muitos e-mails me perguntando e pedindo para eu colocar minhas impressões prévias sobre o HH, mas infelizmente, não me empolguei com esse tabaco, ao ponto dele tomar minha atenção e fazer as postagem. Mas agora estou aqui e vamos lá! Depois de ter conseguido a "amizade" desse filhote de leão, já posso falar um pouco sobre ele!!!heheheheh
 
Não vou falar sobre o aroma e sobre a cor, pois já falei sobre isso no link (http://sabordetabaco.blogspot.com.br/2013/07/tabaco-mac-baren-vintage-syrian-abrindo.html).
 
Depois de algumas semanas aberto, com o passar dos dias, o HH Vintage Syrian se abriu para os orientais e o virgínia adoçou brilhantemente, restando um latakiado doce, incrível! Diria até que um dos latakiados mais doces que já provei! Em síntese, essa poderia até ser a minha resenha, pois o tabaco não pe muito complexo, mas resolvi dar uma baforadas a mais, ou como diria um cachimbeiro, fazer mais um fornilho!!!hehehehe
 
 
O tabaco veio mais para úmido, sendo necessário secar um pouco antes de cachimbar. Com um acendimento regular, entro nas seis primeiras baforadas de HH Vintage Syrian.
 
As seis primeiras baforadas são docemente latakiadas. É saborosa, sentimos o gosto do latakia misturado com o virginia, que adiciona doçura significativa a esse blend. No mesmo compasso, está o oriental, resultando dessa conjuntura num latakiado doce muito cativante! Na língua, interessante é que os sabores do latakia, do virginia e do oriental são estanques, pois sentimos cada um deles separadamente , ou seja, podemos facilmente distingui-los em boca!
 
O 1/3 é "doce", sendo o meio do 1/3 com forte presença dos orientais que se misturaram aos virginias imprimindo uma doçura única! O latakia mais enfraquecido, mas presente, complementa o sabor. O final do 1/3, sentimos o oriental imprimir mais complexidade, mas é fugaz e não tem força para isso, restando um tabaco novamente "latakiado docemente orientalizado"!heheheheh  Destaco que os virginias de HH são deliciosos!
 
Interessante é que o HH não morde, mas se acelerarmos, ele dá uma leve sensação de "picancia" na boca que não agrada, então recomenda-se voltar ao ritmo lento do caracol!!!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
 
O 2/3 do fornilho continua com o sabor docemente latakiado, ou seja, é o latakia banhado pelos virginias dos três continentes , sendo balançado por alguma complexidade dos orientais. Mas novamente repito, temos no 2/3 os sabores bem definidos, como mencionei outrora. O latakia no meio do 2/3 enfraquece um pouco, deixando os virginias e o oriental mais soltos para liberarem seu sabor. Um 2/3 sem surpresa, monótono, não empolga. Mas sejamos justos, não é um mau tabaco, dentro de sua simplicidade, é um tabaco com um bom sabor!
 
O 3/3, novamente resta um latakiado doce! Interessante é que na medida que o virginia sobre a ação do calor ele vai "cozinhando" e vai liberando mais "açucares", tanto que eu cheguei e disse para mim mesmo "isso está verdadeiramente doce!" Claro que não ao ponto de um puro VAs, mas para um full latakia, pode se pensar isso.
 
No final do 3/3 o tabaco perde relativamente seu sabor, restando mais "picante" que o desejável, mas não ao ponto de desclassifica-lo. Percebe-se ainda os últimos suspiros do virginia.
 
Um tabaco bom, mas sem estrela, ótimo para cachimbadas despreocupadas, assando uma carninha, vendo um filme, enfim, é um ótimo coadjuvante para as cenas da vida!
 
 
 
Acendimento regular, queima média.
Cinzas razoáveis e boa fumaça.
Nível médio em nicotina.
 
Recomendado.
Nota:8,0
 
P.S. Para um "powerfull latakia syria" deixou a desejar, pois apesar de sentirmos o latakia do inicio ao fim, a estrela da festa, para mim, foi a doçura do virginia.
 
P.S2. O oriental se uniu ao kentycky, tentando imprimir complexidade. Ele tentou, mas falhou! Conclusão, uma mistura pouco complexa, ou nada complexa!heheheheheh
 
P.S3.A série HH da Mac Baren utiliza tabacos deveras envelhecidos, daí a explicação para o latakia (mesmo sendo "syrian") ser tão leve e o virginia ser tão doce!!!
 
  P.S4. Tabaco com muito talo, uma desqualificante! Pois denota o cuidado ou a falta dele na "confecção" do blend! Esses talos foram apenas alguns, na lata encontrei bemmm mais!

 
P.S5. Tabaco muito irregular, as vezes encontrei quase uma "folha inteira" de tabaco mal cortada, sem corte definido. Como podem perceber, isso no fornilho traz muita diferença de uma cachimbada para outra. Resultado, cachimbadas com variantes significativas no sabor!!!
 

P.S6. Ficha Técnica: Isqueiro Zippo. Cachimbo Savinelli Dry System 1604, modelo Oom Paul. Cerca de 5 a 6 acendidas durante a cachimbada.

6 comentários:

  1. Bela resenha, confrade!
    Acho que foi essa doçura que me cativou quando experimentei.
    Mas eu era iniciante. Estou esperando chegar a lata nova para ver como reajo agora, depois já mais experiente. Me lembro que não era mesmo complexo, mas o cheiro de couro, e a combinação de sabores doces e "savoury" havia me maravilhado, ainda mais depois, já no fim da lata, quando a doçura se decantou ainda mais, e perfumada pelos orientais.
    Bom, qdo eu experimentar novamente, vou ter que fazer uma nova resenha.
    Abraço!

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    1. Grande confrade Alex, obrigado!

      Realmente ele tem uma doçura peculiar, pois é uma doçuras dos virginias dos três continentes, parece brincadeira, mas sentir uma doçura deveras cativante!

      Realmente, como o confrade muito bem pontuou, ele vai se abrindo, principalmente os virginias e orientais, abrindo em doçura, enquanto o latakia tenta manter sua força, mas vai se esvaindo aos pouquinhos...interessante a evolução desse blend!

      Vou aguardar sua resenha!!!!

      Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

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  2. saudações confrade Rovian!

    é desnecessário que eu diga algo sobre as resenhas do confrade uma vez que a tenho em alta conta! ao melhor estilo Gregory L. Pease (G.L Pease), e acho que isso se deve ao fato do colega ser também um apreciador de vinhos, que como sabemos ;guarda algumas semelhanças com o tabaco,em relação ao processo de degustação, parabéns!

    Quanto a resenha em si, fico feliz em perceber que embora seja um aluno no mundo dos tabacos, minhas impressões sobre o "filhote de leão" não estavam equivocadas, e embora fossem meio "monocromáticas".

    nem mesmo a "paleta" do confrade conseguiu adicionar novas cores a esse tabaco! é um bom tabaco de fato, mais nunca um tabaco de reflexão.
    e pela quantidade de fumos envolvidos nesse blend,eu esperava um pouco mais.
    sera que envelhecido, ele melhoraria? ou como diz SR Alfredo maia:teremos apenas um bom tabaco velho!?

    Gostei da Ficha técnica , espero vela daqui pra frente!

    um abraço confrade!

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    1. Boa tarde confrade, realmente confrade, como eu disse anteriormente o confrade relatou muito bem esse tabaco em sua resenha!!!

      Esse tabaco com o tempo, depois mês aberto, quem sabe mais, perderia muito com o tempo. O latakia restaria prejudicado demais e o virginia, que depois de aberto se abriu juntamente com os orientais, começaria a definhar em doçura, restando um tabaco pálido!!!

      Acredito que esse tabaco teve seu pico em 1 semana para 2 semanas aberto, mais que um mês ele perderia em qualidade/sabor!

      Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

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  3. Tá lá, confrade:
    http://latakio.blogspot.ca/2013/08/hh-vintage-syrian-revisitado.html
    Abraço!

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    1. Estou indo conferir agora mesmo!!!!

      Obrigado confrade!

      Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

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