De repente, tudo muda de lugar!

"É, de repente tudo muda de lugar e quem perdeu, pode ganhar!"

A vida tem dessas coisas!

Conclusão prematura sobre tabacos - uma pequena dica!

Prezados, depois de alguns anos cachimbando, posso lhes dizer que um dos erros mais corriqueiros é avaliarmos um tabaco prematuramente, explico!

Ao abrirmos uma latinha e fazermos nosso primeiro fornilho, não podemos de forma alguma afirmar se o tabaco é ruim - salvo alguns que de cara são descartáveis! Veja bem, eu falei ruim, pois o tabaco que abrimos e gostamos, é uma maravilha, só aproveitar! 

Porém, caso o tabaco não lhe agrade de todo, sinceramente, dê para ele pelo menos umas 36 horas para que ele possa se abrir, em sabor, com o ar! É incrível como o tabaco transforma-se respirando, ele se abre em sabores outrora não conhecidos! É como se todos os tabacos que estão lá dentro ganhassem mais vida, como se fossem preenchidos de sabor para dar tudo na grande combustão dentro do fornilho!

Claro que nem todos tabacos ruins em contato com o ar melhoram, tem alguns que não tem jeito, mas pela minha experiencia muitos melhoram, portanto, uma conclusão prematura é prejudicial!

Fica a dica, não se afobe, espere no mínimo 36 horas para dizer - peremptoriamente!- que um tabaco realmente não é bom!

Em tempo, aconselho os confrade sempre que abrirem uma latinha nova acompanharem sua evolução, verão que cada tabaco tem seu topo, seu cume de sabor e também seu declínio, avaliar esses pontos a cada cachimbada considerando o tempo, diria que deixa a brincadeira mais gostosa ainda!hehehehe

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Vinho Dehesas Viejas Roble 2013

Prezados, comprei esse vinho pelo valor de R$ 28,00, um vinho espanhol, 100% da uva Tinta Del País, envelhecido por 3 meses em barrica de carvalho. Estou para dizer que esse vinho não vale nem a metade do preço!

Com uma graduação de 13,5%, com uma cor que não encanta e um sabor totalmente desequilibrado que beira a muita madeira e com retrogosto amargo, taninos ásperos aliado ao sabor de álcool muito persistente, esse vinho foi uma desilusão! 

Nem sempre acertamos, assim é na vida, assim nas escolhas que fazemos! E isso que eu ainda me considero um cara de sorte!!!kkkkkkkkkkkkkkkk

Fica a dica!

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Quem sabe o fim da história???

Quem sabe o fim da história? Pois é...

Tabaco e bondade

Tabaco e bondade nunca são demais, já dizia um antigo cachimbeiro! :)

Transbordando!

O ser humano, inevitavelmente,  foi feito para ser transbordado de sentimentos, é da nossa natureza! Não adianta nem tentar, você até pode conter, mas sabe que mais cedo ou mais tarde esse rio vai transbordar! 

Quando isso não mais acontecer, o fim está perto! Mas eu não estou perto do fim, eu estou apenas começando! hehehehe

Um fornilho triste...

Um fornilho triste é um fornilho apagado!

Tabaco Samuel Gawith Navy Flake 36 horas depois de aberto e um paralelo do mesmo tabaco oriundo de "caixa"

Prezados, esse tabaco depois que respirou por mais ou menos umas 36 horas restou um pouco mais adocicado, cerca de 20%, sentimos isso principalmente depois do meio do segundo terço, é um adocicado de virginia com algo mais, seria o rum? Ou melhor, sua maturação juntos aos tabacos?; arredondou um pouco mais e a latakia se abriu levemente, começando a exalar seu gosto, comedido, claro, mas sentimos ela lá, discretamente! 

Aumentou seu encanto, pois esse adocicado, mesmo que leve, é gostoso e fornece prazer, como diz a música "de repente tudo muda de lugar"!heheheheh

Detalhe interessante que, depois de conversar com alguns confrades que compraram Navy Flake em "caixa", os mesmos me relataram que seus flakes eram enormes, espessos e o tabaco veio bem úmido! Já o meu tabaco que é oriundo de lata de 50 gramas é o contrario, são flakes médios, finos e a umidade veio no ponto, longe de estar úmido. Resultado, eles apreciaram o Navy Flake, eu nem tanto!

Acredito que o fator umidade nesse tipo de tabaco que leva flavoring de rum é fundamental para ele manter sua essência, fato que não ocorreu na lata, infelizmente!

Porém, tudo suposições, somente experimentando ele da outra forma para sabermos! hehehehe

Um abraço e excelentes cachimbadas! Aguardem a resenha final! ;) 

Tabaco Gawith Hoggarth ENNERDALE resenha por Jose Cardona

Prezados confrades, mais uma vez o confrade Jose Cardona nos brinda com uma ótima resenha desse interessante tabaco da casa Gawith Hoggarth Ennerdale.

Esse tabaco é um tanto controverso, encanta muitos cachimbeiros e outros tantos não podem nem o ver! Explicado, gosto é gosto!heheheh

Abaixo, in verbis, a resenha do nosso querido confrade Jose Cardona!

***

A minha estreia nos tabacos desta excelente casa, conhecida pelos seus tabacos produzidos de forma artesanal e muito cuidada.

Composto por Virginia do Malawi, Brasil e Zimbabué (86%), Virginia curado ao sol proveniente do Malawi (10%) e Burley do Malawi (4%).

Super-flakes com 15 cms de comprimento e quase 3 cms de largura, extremamente aromatizado e carregado de açúcares.

Os cristais que brilham ao sol são prenúncio de uma fumada muito saborosa e o facto de endurecerem o tabaco acaba por ser positivo, pois ajuda a quebrar estes flakes enormes, que ao contrário da generalidade dos tabacos com este tipo de corte, são completamente impossíveis de colocar inteiros no fornilho do cachimbo, por muito grande que este seja.

O aroma na lata e durante a fumada é completamente inebriante. Não agrada a toda a gente, pois é verdade que cheira a água de colónia, a mim lembra-me o Old Spice, por coincidência, a marca que eu uso desde sempre.

Durante a fumada não perde aroma e coisa rara, o sabor é igual ao aroma. É um sabor cítrico, amendoado e floral.

Não consegui encontrar o sabor a baunilha e feijão tonkin, talvez noutro cachimbo os consiga encontrar, já aconteceu antes, cada cachimbo oferece nuances diferentes do mesmo tabaco, por vezes basta fumá-lo noutra altura do dia. 

Tampouco consegui identificar aquela doçura própria do Virginia ou o achocolatado e terroso do Burley (este flake é uma VaBur), estes aromas naturais dos tabacos estão completamente cobertos pela aromatização. Outras fumadas mais sossegadas impõem-se para descobrir outras nuances nesta mistura!

Para mim é um excelente tabaco para fumar de manhã cedo ou antes do almoço, para a tarde e noite prefiro outros.

Claro, sendo um tabaco tipicamente inglês (diferente de ser uma mistura inglesa), tem aquela essência misteriosa Kendal, proveniente da Lakeland aonde é produzida, numa proporção mais carregada que no St. Bruno e até que no Condor.

Muita gente tentou adivinhar o que é, mas até agora ninguém teve sucesso.

Custou um pouco a acender, quando não o deixava secar, mas depois de acesso nunca apagou. Depois de deixado secar 30 minutos, não custava a acender, não perdendo

aroma nem sabor e continuava a queimar frio.

Queimou suavemente e compassado até que apenas restou cinza branca e fina no fundo do fornilho, nada de humidade nem de mordidas na língua.

Existe a possibilidade de deixar fantasma devido à forte aromatização, mas isso é algo que se resolve seja reservando um cachimbo para ele ou o meu método favorito: fumar 2 ou 3 vezes seguidas uma mistura inglesa forte.

Após umas fumadas com este Ennerdale, estou convencido de que entrei nesta marca com 2 pés direitos!

Únicos pontos a rever, a lata devia ter uma selagem mais forte, por vezes até é difícil conseguir fechar a lata. E um tabaco desta qualidade merecia mais e melhor que o saco de plástico aonde vem embalado.

Blog Tabacos e Viagens e uma entrevista com Rovian Ramos, eu! :)

Prezados, hoje venho indicar o blog Tabacos e Viagens ( https://tabacoseviagens.wordpress.com)! O blog foi criado pelo nosso querido confrade Fábio Martins, lá encontramos resenhas sobre tabacos, entrevista com cachimbeiros, postagem sobre cachimbos, enfim, para nós, apreciadores, é um prato cheio! Recomendo!

O confrade Fábio deu-me o privilégio de participar do seu blog convidando-me para um entrevista, o qual aceitei de bom grado e adorei participar! Muito obrigado confrade pelo convite!

 As perguntas foram ótimas, confiram a entrevista no link abaixo:

https://tabacoseviagens.wordpress.com/2015/07/19/participacao-especial-4/

Finalizando, desejo cada vez mais sucesso ao blog, que ele continue a divulgar a nossa arte bem como enriquecer a todos que por lá passarem!

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Tabaco Samuel Gawith Navy Flake - abrindo a lata!

Prezados,  sempre tive vontade de provar esse tabaco, inclusive pelo fato que tabacos "navy" exercem um encanto sobre mim, definitivamente! 

Navy Flake da Samuel Gawiht leva virginia e latakia e claro, flavoring de rum! Tudo isso num excelente corte,  corte flake, o condensador de sabor! Hehehehe

Ao abrir a lata não houve uma explosão de aroma, tenho até para dizer que o tabaco é quase sem cheiro, incrível,  nunca tinha visto um tabaco tão sem cheiro!!!!  Decepciona nesse sentido! O máximo que sentimos é uma reminiscências levemente doce, que remete sutilmente ao virginia e quem sabe ao rum. Latakia, no quesito aroma, não tem! O aroma definitivamente não encanta!!! Diria até que é broxante nesse quesito! 

O flake é fino e com boa consistência,  não se desmanchando facilmente,  fato que me agrada!

No quesito umidade, veio no ponto, nem seco e tampouco úmido! 

Sua cor agradou-me, ouso dizer que tem mistério e encanto, explico! Esse tabaco possui uma cor escura com tons amarelos avermelhados que encantam e se entrelaçam no flake, resultando em uma tonalidade muito atrativa!

Detalhe,  esse tabaco apresentou inúmeros "cristais de açúcares" evidenciando inclusive a sua adição de rum e aumentando ainda mais seu encanto! Percebam nas fotos dessa postagem como o tabaco tem esses cristais. 

Com um acendimento mediano e uma boa queima posterior,  tratando-se de flake, ele ainda produz uma boa fumaça, com uma certa cremosidade.

Com um primeiro fornilho já degustado, esperava bem mais desse tabaco, até agora ele restou um tabaco muito leve, sem complexidade,  somente com gosto remetendo a virginias vermelhos de sabor duvidoso, em suma! 

Agora eu pergunto, e o encanto do latakia? E o encanto do rum? Enfim, espero que apareçam mais depois dele respirar. Como somente cachimbei um fornilho, então,  tudo ainda pode mudar,      aguardem a resenha final! ;)

Um abraço e excelentes cachimbadas!

P.S.  Uma curiosidade,  minha latinha veio com 18 flakes! :)

Vinho Casa Venturini Cabernet Sauvignon reserva 2012

Prezados, um Cabernet Sauvignon tem seus encantos e parte desse encanto, sem dúvida, foi revelado por esse vinho da Casa Venturini, reserva 2012, com uma graduação de 13,2, 100% cabernet, simplesmente um vinho muito equilibrado, com um sabor frutado e um final levemente amadeirado, taninos macios.

Sua cor, um vermelho rubi vivo! Lágrimas médias e persistentes, um vinho maduro, aveludado, resumindo, de categoria!

Na ocasião harmonizei com o tabaco Ambassador´s blend, ou seja, cabernet e latakia, combinam!!!heheheh

Em tempo, adorei o rótulo e gostei da estética apresentada!

Recomendo, vale o "investimento"! ;)

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Filme Kingsman Serviço Secreto

"A conduta define o homem"

Máxima do agente Harry Hart no filme Kingsman, o qual recomendo! 

Certamente é um filme que prende do início ao fim, a história é uma história normal, porém, a filosofia impressa é muito bacana e os "artefatos" que o circundam, vestimenta, acessórios, paisagem, é ótima!

Eu gostei, não é um filme que vai mudar sua vida, mas é muito legal, recomendo! Só faltou o cachimbo!!!! heheheheh

Detalhe, se você for um chato, certamente não vai gostar!!!!kkkkkkkkkkk Brincadeirinha!!! :)

Brincadeirinha!!!! hehehehe


P.S. Realmente o final do filme não foi dos melhores...mas...

Tabaco Ambassador's Blend - 2 semanas depois de aberto, uma consideração pós Resenha Final!

Prezados, depois de 2 semanas respirando esse tabaco diminuiu seu sabor predominante de latakia - apesar de ainda ser o sabor principal -  e os orientais se abriram, tornando o blend mais atrativo, mais saboroso, resultado,  um latakiado agora com um fundo oriental que aparece e fornece um pequeno encanto, claro, não melhorou de todo, mas já melhorou!

Sintetizando, melhorou uns 30%!

Fica a dica!

Um abraço e excelentes cachimbadas!

Vinho Carnivor Cabernet Sauvignon 2014 - recomendadíssimo!

Prezados, definitivamente os vinhos americanos já invadiram o mundo!!!kkkkkkkkkkk Há quem considere isso uma heresia, outros ainda não se renderam, mas a verdade seja dita, os cabernet californiados são TDB!!!! Ou seja, tudo de bom! Carnivor é somente mais um exemplo da qualidade dos vinhedos de lá!

Vamos começar com o menos importante mas sempre importante! kkkkkk A apresentação desse vinho agradou-me por demais da conta! Uma apresentação esteticamente lúdica e perfeita, impressiona pelo novo e pelas cores do rótulo, passando um ideia de solidez com um ar rústico, mas sem perde de todo a sofisticação!

Na taça um vinho equilibrado, marcante, arrojado! Sua cor, um rubi intenso, que na boca chega a manchar os dentes! Eita vinho bom!!! Que grossura a minha!!!!! hahahahahhaha

O aroma remete fortemente a amora mas tem muito mais que isso, aroma complexo! Na boca é um daquele vinho que enchem a boca, aveludado, com taninos macios e um final persistente. No sabor, remete sutilmente a chocolate com retrogosto de café e madeira, sabor complexo, que vale a investigação!

Eu poderia falar muito sobre o Carnivor, mas apenas digo, vale cada centavo! Recomendo!!!

Decantar por no mínimo uns 15 min! ;)

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Tabaco Mac Baren HH Bold kentucky - chegou na adega! / Pequenas considerações sobre linha HH e a empresa Mac baren!

Prezados, como todos sabem eu não sou um grande fã da marca Mac Baren, infelizmente seus blends tendem a "morder", irritar a boca, causando um desconforto que a desclassifica, colocando-a em um nível abaixo das grandes marcas! 

Ocorre que nos últimos anos essa marca através da linha HH vem definitivamente surpreendendo os cachimbeiros do velho mundo, pois é uma linha que surpreende pela qualidade, sabor e, como costumo brincar, é a linha "banguela" da empresa!!!!kkkkkkkkkkk

Diante desse novo cenário, minha adega se abriu para a linha HH da empresa, já experimentei alguns - que resenhei aqui no blog -  e outros estão na adega esperando o melhor momento, é o caso, agora, do HH Bold Kentucky!

Uma lata que encanta!

Esse tabaco leva em sua composição kentucky, burley e virgínias, é um tabaco considerado o mais forte na linha em matéria de sabor e de nicotina, vem em corte flakes e muitos cachimbeiros o consideram "similar" ao HH Old Dark Fired - leia resenha nesse link  Click para ler resenha do tabaco HH Old dark fired - porém, muito mais encorpado!

É um tabaco forte, como a empresa mesmo ressalta, para cachimbeiros mais experientes, entretanto, esse tabaco está surpreendendo a todos, pois caso cachimbado com calma, fornece um sabor único do Dark Fired Kentucky aliado a uma leve doçura do virgínia! 

Certamente um tabaco para o fim de noite, acompanhado de um bom destilado, enfim, para grandes momentos de reflexão, não para o dia-a-dia!

Já está na adega esperando o melhor momento!

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

P.S. Para quem aprecia Kentucky sem dúvida é um prato cheio! Eu que tenho o tabaco Irish Flake da Peterson como um dos meus preferidos, exatamente por ser uma expressão do kentucky, tenho boas chances de gostar do Bold kentucky! :)

***

Estratégia da empresa Mac baren!

O fato é que a empresa Mac Baren com a linha HH quis remodelar sua imagem perante o consumidor, tirar sua fama de mordedora e ingressar definitivamente no topo dos tabacos premium para cachimbos, fornecendo bons tabacos e até diria um pouco diferenciados! Isso naturalmente já está lhe creditando fama e o próximo passo é elevar um pouco o valor do seus blends, que outrora custavam um pouco menos que os Dunhill, Cornell, McClelland, etc. Acredito que a estratégia está dando certo - essa linha HH realmente é superior -  com essa linha a empresa está definitivamente entrando no topo!

 Agora vem a grande pergunta, será que irá conseguir se manter lá!?

P.S. Essa conclusão chegamos após conversarmos com um confrade americano sobre a empresa, tem lógica! ;) 

Vinho Portas da Herdade 2013

Prezados, muito dizem que esse vinho é um bom custo x benefício, porém, provei e não gostei! Na minha taça ele restou muito alcoólico destilando seus 13,5% de alcoól, com uma entrada simples e um final muito amargo, seus taninos também não me agradaram por serem muito ásperos!

Enfim, não vou ficar "detonando" o vinho, pode ser o meu paladar, mas na minha taça não entra mais!!!heheheheh

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

O ignorante

Uma vez escutei e não é que pode ser bem por aí mesmo! hehehe

"O ignorante quieto passa por inteligente" :)

Tabaco Heart & Home Ambassador's Blend - resenha final!

Prezados, depois de provar e degustar por mais de uma semana, peguei meu Savinelli Canadian e o enchi de Ambassador's Blend para finalmente fazer a nossa resenha completa!  Omitirei pontos já relatados nos post anteriores.

Inegavelmente Ambassador's tem uma boa latakia e é essa boa latakia que se reflete nas seis primeiras baforadas, enfim, o comecinho do 1/3 encanta o cachimbeiro, pois é uma explosão deliciosa de latakia! Uma latakia bem defumada, estruturada, saborosa que enche a boca! Nessa altura da cachimbada o cachimbeiro pensa: "que blend estupendo, saboroso!". No entanto, já no meio do 1/3 percebemos que o blend não evolui e continua somente latakia, latakia e latakia! Para quem gosta, é um prato cheio! Ocorre que no meio do 1/3 e ao finalizar este,  sentimos o sabor de latakia acompanhada de uma sensação levemente desagradável que "pinica"/incomoda a língua,  fato este que me desagradou!

No 2/3 o blend já demonstra que não tem uma boa estrutura, que é um tabaco sem complexidade e pior, desequilibrado,  pois não tem um tabaco base para sustentar sua grande proporção de latakia, fazendo com que o blend desande! Resultado,  o sabor de latakia diminuiu e o blend continua a levemente pinicar a língua. O sabor desanda, pois a latakia diminuiu sua força e parece que não existe outro sabor a ser degustado,  restando um grande vazio!  

O 3/3 é mais do mesmo no sabor de latakia, entretanto, sentimos levemente o oriental que me pareceu ser o izmir, porém, ele levemente se manisfestou e já foi encoberto por um sabor mais forte com um leve amargor, somado a antiga "pinicacão" na língua, já relatada. Uma conjugação que não encanta, pelo contrário,  desagrada!  O encanto aparece quando percebemos a latakia que volta e meia aparece mais forte, aumentando o prazer do cachimbeiro!  

Sintetizando,  esse tabaco é o legítimo tabaco "vai e vem"! Kkkkkkkkkkk O sabor de latakia vai e vem e mais nada!!!! Hahahha Porém é somente latakia,  às vezes misturada com "pinicacao" na língua, às vezes sem nada, às vezes com um vazio no qual falta sabor e beira tabaco água,  enfim, é um blend sem encantos!

Voltaria a comprar? Definitivamente não! 

Um tabaco fraco em nicotina, boa fumaça,  cinzas finas a medias e um tanto esbranquiçadas! 

Nota: 7, 0

Dei essa nota porque o blend não me desagradou de todo, gostei de sua latakia e essa me deu um bocadinho de prazer,  às vezes mais, às vezes menos,  mas o fato é que gostei em determinados momentos! 

Um abraço e excelentes cachimbadas! 

P.S. Detalhe,  essa lata como mencionei tem mais de anos, uma latinha nova,  com certeza, deve restar ainda mais desequilibrada!

P.S2. Apenas um bom tabaco - latakia - não faz um blend, é necessário uma estrutura por detrás,  o que não ocorre em Ambassador's,  restando um tabaco monocromático, sem encantos.

P.S3. O cachimbeiro que escreveu essa resenha adora latakia, caso contrário, certamente a nota seria bem menor!

Vinho argentino Goulart C Clássico Malbec 2012

Vinho sem rolha......sem mais palavras!

Prezados, eis um vinho - 100% malbec, argentino -  muito comentado pelo seu bom custo x benefício, segundo muitos sendo um vinho muito honesto pelo seu preço. Experimentei esse vinho e tenho para lhes dizer, que é sem dúvida um bom vinho pelo valor pago, todavia, é um vinho extremamente delicado, no seguinte sentido. explico.

Ou você vai achar esse vinho extremamente alcoólico - possui 14% de graduação -  e aguado ou vai se surpreender com ele em matéria de aroma e sabor, querem saber o segredo? Sim, o segredo está no tempo correto de decantá-lo! 

Para mim ele ficou perfeito em 15 minutos, antes disso ele restava totalmente desequilibrado, o álcool era tanto que subjugou os aromas e os sabores restaram alcoólicos e aguados. Entretanto, depois de 15 minutos no decanter ele se abriu em sabor, com taninos macios e quase quase aveludados e com um sabor levemente frutado com especiarias,  final de madeira agradável, aroma de frutas negras. Detalhe, se deixar no decanter muito tempo, ele se perde novamente! Muito louco esse vinho!!!kkkkkkkkkkkkkkkk

É uma boa pedida, que requer paciência e precisão!

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Pleonasmo vicioso

Uma vez encontrei-me com um professor de português que contava já com uma certa idade e nunca vou esquecer-me de sua frase em um determinado contexto conosco, que foi mais ou menos assim:

"Só cachimbando mesmo para aguentar alguns pleonasmos viciosos!" 

Na época concordei e disse, afirmando: "Verdade, com certeza!". Assim que me despedi fui procurar um dicionário!kkkkkkkkkkkkkkkkk 

Cachimbos Guarani: uma interpretação Etnoarqueológica. Monografia apresentada no curso de História da UFRGS

Prezados, hoje venho compartilhar  essa importante monografia apresentada no curso de História da UFRGS como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em História denominado Cachimbos Guarani: uma interpretação Etnoarqueológica tendo como autora Roberta Pôrto Marques.

Resolvi compartilhar pois o tema é muito interessante, na medida que a autora estuda a cultura guarani enfocando os cachimbos utilizados pelo índios, bem como o uso do tabaco em rituais e no dia-a-dia, porém, ela não para por aí, ela adentra bem mais a fundo no significado do tabaco e do cachimbo, trazendo inclusive dados históricos, antropológicos, etc. 

A leitura fascina, recomendo! 

Abaixo o link para acessar a monografia que está em formato PDF.

http://www.lume.ufrgs.br/Cachimbos Guarani: uma interpretação Etnoarqueológica

Espero que tenham apreciado! Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Tabaco Ambassador's Blend - pequenas considerações!

Prezados, como já mencionei, esse blend tem uma boa proporção de latakia e essa efetivamente encobre olfativamente os demais, visualmente também percebemos essa proporção elevada, agora resta saber se a latakia está bem dosada ou se encobrirá os demais, tornando o blend sem encantos e monocromático, ou pior, um blend desproporcional em latakia e sem um tabaco de fundo para ancorá-la, restando um blend raso com o consequente declínio da latakia ao longo do fornilho, restando um sabor estranho e deixando um aspecto ruim na língua a posteriori, em virtude de não ter um tabaco base em boa proporção para equilibrá-la. 

O que percebi, principalmente no primeiro terço, é que a latakia  é uma rainha soberana, e detalhe, é uma boa latakia, com qualidade, que enche a boca!

Ocorre confrades que somente uma excelente latakia não torna por si só um blend magnífico,  é necessário muito mais que isso...

Acompanhem os próximos capítulos para ver se Ambassador's é ou não é O cara!!! Hehehehehhe

Um abraço e excelentes cachimbadas! 

P.S.  Devido a proporção da latakia ser elevada nesse blend ela acaba encobrindo os demais tabacos/sabores, tornando a cachimbada menos complexa e portanto mais monocromática em latakia latakia e latakia! Heheheheh

P.S2.  Um tabaco que deixa na boca um.sabor marcante pós cachimbada, deixa o reflexo da latakia nas papilas gustativas!  Hehehehhe

P.S3. Detalhe, um blend com elevada proporção de latakia, como já mencionei, pode tornar-se um blend desequilibrado na medida em que no primeiro terço temos  a explosão de latakia, mas na medida que essa cozinha no fornilho "sozinha", sem ter um tabaco base para sustentá-la,  ela vai perdendo seu encanto, seu sabor e restando algo com um sabor insosso....

Tabaco Samuel Gawith (Smoker's Freedom) Grousemoor por Jose Cardona

Prezados confrades, segue abaixo uma resenha que gostei muito do nosso confrade amigo português José Cardona, que nos cedeu sua resenha bem como suas fotos para compartilhar aqui no blog! 

Muito obrigado confrade!

Ainda não experimentei esse tabaco, mas depois dessa resenha deu vontade! hehehehe

Segue abaixo a resenha!

***

Tabaco de uma grande marca inglesa que ainda produz as suas misturas de modo artesanal. Terá par na Gawith Hoggarth e possivelmente mais nenhuma marca, já que as grandes tabaqueiras usam métodos industriais.

Depois de muito ter lido e ouvido comentários de amigos meus, decidi-me a abrir esta lata que comprei há uns tempos.

A lata já teria algum tempo na prateleira da tabacaria do meu amigo Jerónimo, pois há muito tempo que a Smoker's Freedom não existe.

Neste tipo de tabacos isso até é bom, pois o tabaco envelhece e ganha outras caracteristicas e matizes que um tabaco jovem não tem.

Este Grousemoor (a lata tem uma gralha na etiqueta com a versão espanhola) é composto por Virginia do Zimbabué que é sujeito a vapor e depois cozido em fornos, corte ribbon porém muito prensado, parecia um plug (!), sem dúvida resultado da sua preparação mas possivlmente por ser uma lata com uns 5 ou 6 anos.

O aroma a frio é muito bom, não sei se será a tal essência "Lakeland", se são aromas citricos que o tabaco ganhou ou se é aromatização e saborização adicionada.

Aroma e sabor que muitos dizem ser erva cidreira, mas que já li parecer laranja brava.

Caso raro até agora, o sabor durante a fumada é igual ao aroma do tabaco na lata.

Fez-me lembrar as colónias que iamos comprar a Espanha (contrabando) quando eu era novo e vivia na raia.

Um cheiro floral, a campo, muito agradável e que não cansava. Um perfume humilde e despretencioso, mas que durava o dia todo.

Ter esta lata aberta para o tabaco respirar é garantia de perfumar a sala!

Apesar de os ribbons estarem quase prensados, não é difícil desfazer o bloco e ao fazê-lo fiquei com a sensação de estar a acariciar cabelos loiros.

O tabaco estava fofo e suave, amigo de ser manipulado e colocado no cachimbo.

O sabor durou a fumada toda e o único senão foi ter molhado o fundo do fornilho.

Queima uniforme e fresca, deixa uma cinza muito clara, quase branca, e não fosse a humidade produzida, tinha conseguido fumar o tabaco até ao fim.

Sem dúvida que é um grande tabaco e tive a sorte de entrar nesta marca com o pé direito!

A vida, o mundo!

A vida é sempre um risco, o mundo realmente é injusto, mas é o que temos! hehehehheheh

Tabaco McClelland British Woods - aportou na adega!

Prezados, trata-se de uma latinha de 100 gramas de um tabaco nunca provado, ou seja, é sempre um risco!!!hehehe Este risco diminui ao pensarmos que a casa fabricante é McClelland, uma das minhas casas prediletas e que ocupa junto à casa Dunhill o topo da minha lista no tocante a preferência de tabacos para cachimbos!

Linda de se ver!!!

British Woods leva latakia, oriental e virgínia, dizem ser uma mistura rica e com uma boa quantidade de latakia, porém, não rasa, em virtude dos orientais fornecerem uma base sólida para a complexidade e o virgínia soltar sua doçura! A empresa afirma que possui uma queima lenta, proporcionando riqueza e profundidade de sabores, mas ao mesmo tempo suave, resumindo, é uma mistura requintada - pelo que afirmam!

Aposto nessa mistura, pois Mcclelland é sinônimo máximo de requinte e sofisticação, não no sentido "esnobe" da palavra, mas antes significando sabor pronunciado e delicioso mas ao mesmo tempo suave para não beirar ao desagradável como muitas vezes acontece em inúmeros blends por aí....

Já está na "adega" esperando o melhor momento para ser deslacrada!!!!hehehehe

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!