Prezados confrades, mais uma vez o confrade Jose Cardona nos brinda com uma ótima resenha desse interessante tabaco da casa Gawith Hoggarth Ennerdale.
Esse tabaco é um tanto controverso, encanta muitos cachimbeiros e outros tantos não podem nem o ver! Explicado, gosto é gosto!heheheh
Abaixo, in verbis, a resenha do nosso querido confrade Jose Cardona!
***
A minha estreia nos tabacos desta excelente casa, conhecida pelos seus tabacos produzidos de forma artesanal e muito cuidada.
Composto por Virginia do Malawi, Brasil e Zimbabué (86%), Virginia
curado ao sol proveniente do Malawi (10%) e Burley do Malawi (4%).
Super-flakes com 15 cms de comprimento e quase 3 cms de largura, extremamente aromatizado e carregado de açúcares.
Os cristais que brilham ao sol são prenúncio de uma fumada muito
saborosa e o facto de endurecerem o tabaco acaba por ser positivo, pois
ajuda a quebrar estes flakes enormes, que ao contrário da generalidade
dos tabacos com este tipo de corte, são completamente impossíveis de
colocar inteiros no fornilho do cachimbo, por muito grande que este
seja.
O aroma na lata e durante a fumada é completamente
inebriante. Não agrada a toda a gente, pois é verdade que cheira a água
de colónia, a mim lembra-me o Old Spice, por coincidência, a marca que
eu uso desde sempre.
Durante a fumada não perde aroma e coisa rara, o sabor é igual ao aroma. É um sabor cítrico, amendoado e floral.
Não consegui encontrar o sabor a baunilha e feijão tonkin, talvez
noutro cachimbo os consiga encontrar, já aconteceu antes, cada cachimbo
oferece nuances diferentes do mesmo tabaco, por vezes basta fumá-lo
noutra altura do dia.
Tampouco consegui identificar aquela
doçura própria do Virginia ou o achocolatado e terroso do Burley (este
flake é uma VaBur), estes aromas naturais dos tabacos estão
completamente cobertos pela aromatização. Outras fumadas mais sossegadas
impõem-se para descobrir outras nuances nesta mistura!
Para mim é um excelente tabaco para fumar de manhã cedo ou antes do almoço, para a tarde e noite prefiro outros.
Claro, sendo um tabaco tipicamente inglês (diferente de ser uma mistura
inglesa), tem aquela essência misteriosa Kendal, proveniente da
Lakeland aonde é produzida, numa proporção mais carregada que no St.
Bruno e até que no Condor.
Muita gente tentou adivinhar o que é, mas até agora ninguém teve sucesso.
Custou um pouco a acender, quando não o deixava secar, mas depois de
acesso nunca apagou. Depois de deixado secar 30 minutos, não custava a
acender, não perdendo
aroma nem sabor e continuava a queimar frio.
Queimou suavemente e compassado até que apenas restou cinza branca e
fina no fundo do fornilho, nada de humidade nem de mordidas na língua.
Existe a possibilidade de deixar fantasma devido à forte aromatização,
mas isso é algo que se resolve seja reservando um cachimbo para ele ou o
meu método favorito: fumar 2 ou 3 vezes seguidas uma mistura inglesa
forte.
Após umas fumadas com este Ennerdale, estou convencido de que entrei nesta marca com 2 pés direitos!
Únicos pontos a rever, a lata devia ter uma selagem mais forte, por
vezes até é difícil conseguir fechar a lata. E um tabaco desta qualidade
merecia mais e melhor que o saco de plástico aonde vem embalado.
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