Juan Gris, Guitarra e cachimbo, 1913

Pigmeus do Congo: cachimbo sem tabaco

Amigos do blog, hoje venho contar uma pequena curiosidade do mundo do cachimbo, você sabia que o ato de cachimbar nunca dependeu da planta de tabaco??? Isso mesmo, estava lendo a respeito e descobri que os pigmeus do Congo cachimbavam uma mistura de carvão com folhas e utilizavam uma cana de bambu como cachimbo!

Interessante que, sempre, em todos os usos que o cachimbo teve na antiguidade, estava relacionado de alguma maneira com a espiritualidade, ou melhor, a comunhão do Homem com o Espírito/Alma/Deuses.

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Pequenas considerações...

• Eu  de novo falando do half e Half, mas o que posso fazer se esse tabaco para uso diário me encanta e me surpreende? Semana passada resolvi deixar o Half e Half secar, queria deixar ele mais para seco, porém longe do quebradiço...digamos que, mais para seco, mas não tão seco assim...rsssss...para uma queima mais vigorosa, mas não ao ponto de esquentar demais!!! Enfim, acredito que deixei secar cerca de 30% do ponto que vem na embalagem. Minha surpresa, o tabaco ficou bem mais doce e agradável, uma maravilha!!! Fica a dica!
• Gosto mesmo do isqueiro Zippo, com ele não tem tabaco que não acenda!!! Uma boa chama, para os melhores e o piores tabacos no quesito queima....efetivamente não gosto de ficar mais tempo para o tabaco acender por completo, inclusive os cortes broken flake e o flake...com o Zippo, não tem tabaco que aguente e vento que apague!!!rsssssssssssssssss
• Estava lendo na internet e conversando com alguns cachimbeiros, no que me deparei na diferença entre o FUMADOR de tabaco e o APRECIADOR de tabaco. Interessante esses rótulos, ao passo que o FUMADOR de tabaco tem um ou dois tabacos e cachimba ele toda a vida, o cachimbeiro denominado APRECIADOR de tabaco vai variando, conhecendo novos sabores e novos aromas. Ainda não sei o que pensar sobre isso...novamente me enquadro nos dois...pois tenho meus tabacos diários ao passo que também  procuro novos aromas, sabores, fumaças diferentes. Sou o tudo e o nada, não me prendo a rótulos, portanto, sou fumador e apreciador de tabacos ao mesmo tempo!!!!rssssssssssssssss Ainda falarei mais sobre isso em algum post...
• Não existe problema que não possa ser solucionado, senão não é efetivamente um problema. Todo problema diminui depois de um cachimbo acesso....existe alguma "coisa" nessa pequena  verdade, quem pode falar mais sobre isso???
• Calabash, um modelo que me surpreendeu positivamente. Conforto, elegância...de alguma forma deixa a arte de cachimbar mais bonita. Somente agora que me dei conta que o detalhe prateado do cachimbo é de prata, daí o motivo da inscrição 925.
• Inverno chegando...! Cachimbo e inverno , latakia com cachimbo no inverno, eis as pedidas da estação!!! Uma cerveja bock vai bem também!!!!rssssssssssssssssssss A polar bock está muito boa nessa leva de 2012!

Sir Walter Raleigh e o cachimbo na corte inglesa da rainha Isabel

Esta foto/imagem é de Sir Walter Raleigh e você vendo essa foto deve estar se perguntando, "quem foi essa pessoa"? Ou melhor ainda, o que esse senhor tem em comum com a nobre arte? Eu vos digo, Sir Walter Raleigh foi quem apresentou para a corte inglesa o cachimbo, fazendo com isso a nobre arte ganhar notoriedade e virar moda (pelo menos naquela momento)! Isso mesmo, um dia na história da humanidade cachimbar era elegante, sinônimo de bom gosto, de status e de muitas outras coisas....enfim acabou virando  moda na corte inglesa e posteriormente teve muito prestigio ao longo da história!

É assente que no final do séc. XVI na inglaterra havia inúmeros cachimbeiros, porém, fato interessante é que a rainha Isabel não apreciava esse hábito e ninguém ousava cachimbar ou mesmo acender um cachimbo perto dela. Aí que entra a coragem e a determinação de Sir Walter Raleigh, que de certa forma criou história e ajudou sobremaneira a difundir a nobre arte.

Este senhor, além de muito determinado, era muito esperto!...um dia estando a Rainha na Câmara Real, resolveu pegar seu cachimbo mais elegante e começar pausadamente a encher seu fornilho. Muito engenhosamente, antes da rainha ter tempo de reagir, perguntou-lhe se ele poderia pesar o fumo que saía de dentro do seu cachimbo. A rainha espantada, ficou surpresa com a pergunta e não acreditou como ele conseguiria fazer isso. Sir Walter disse que tinha um método e que conseguiria,  apostaram uma mão cheia de moedas de ouro.

Sir Walter chamou o químico da corte e lhe pediu para trazer a sua balança mais sensível, onde pesou o seu cachimbo cheio de tabaco. Logo depois, sentou numa cadeira bem confortável e se pôs a cachimbar na frente da rainha (olha o toque de mestre!!!), quando o tabaco terminou e restavam apenas cinzas, Sir Walter deu novamente o cachimbo  ao químico que o pesou, afirmando que agora bastava subtrair o peso do cachimbo depois de fumado ao peso inicial, que  se encontraria o peso do tabaco ( ou ele era muito esperto ou a rainha  Isabel não tinha um QI muito elevado...brincadeirinha ...rsssssssssssss).

A rainha Isabel admirada com Sir Walter e reconhecendo que perdeu a aposta, entregou-lhe as moedas, afirmando mais ou menos isso "Conheci muito alquimistas que desfizeram ouro em fumo mas só você Sir Walter, vi transformar fumo em ouro!" A partir desse momento foi oficialmente introduzido o fumador de cachimbo na corte e virou moda cachimbar!!!

Esse homem institucionalizou o cachimbo na corte, promoveu a aceitação social do mesmo e num toque de mestre, legitimou o ato, afinal, a própria rainha Isabel, autoridade suprema, autorizou!!!

Prezados, espero que tenham gostado do pequeno texto, que usei como fonte única o trabalho de Henedita Martins Ferreira intitulado A IDENTIDADE DO FUMADOR DE CACHIMBO num ambiente legal restritivo. Na sequência posto mais fatos que achei interessante nesse trabalho e em alguns que estou lendo.

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Onde tudo mais ou menos começou...

Prezados confrades, estava lendo sobre a nobre arte e descobri que a primeira referencia a arte de fumar é atribuída a Heródoto e aos gregos no séc. V a.C., porém arqueólogos já encontraram cerâmica e hieróglifos que nos remontam o hábito de fumar há 3 mil anos antes!!!

Apenas para compartilhar com os confrades.

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Gold Rush

Prezados confrades, essa semana fiz a prova do tabaco Gold Rush, um tabaco com virgínias selecionados puros de uma cor única, de um amarelo claro nunca visto por mim, demonstrando ou mesmo indicando que é um virgínia suave, delicado ao paladar e possivelmente um virgínia mais facil de se cachimbar, mas não menos gostoso!!! Esse amarelo claro me remeteu aos campos de trigo ou mesmo de soja, aquela maravilha interminavel amarela que o homem fez fecundar da terra!!! Me lembrou de alguma forma o Homem do campo, sem rodeios, sincero, direto em suas palavras. Assim é o virgínia do Gold Rush, um tabaco que mostra toda a sua cor e todo seu aroma, de cara, sem rodeios!!!

Falando em aromas, o aroma desses virgínias eram efetivamente de mel e limão, que em combinação única me transportaram ao mais precioso mel silvestre, aquele mel produzido no campo, de sabor especial, com cheiro doce, mas muitas vezes com alguma "citricidade".

Enfim, tanto a cor como o aroma eram de uma beleza espetacular, mostrando realmente que esse Virgínia daria tudo de si, sem nada a esconder, pois é sincera, franca e honesta, como o Homem do campo!!!

A umidade do tabaco estava no ponto, assim como o aroma, a cor e o corte. Tudo simples, de uma singeleza que lembra o campo, aqueles doces antigos em compotas, as ambrosias, os pêssegos em calda, enfim, estava maravilhado com o tabaco. Não era ouro que havia naquela latinha, mas que havia algo muito precioso nela, isso sim! E eu estava prestes a descobrir.

Virgínia, limão e mel, um virgínia que não precisou de tempo para demonstrar sua qualidade, nasceu para dar prazer, quase uma  Gueixa!!! Diferentes de muitos virginias que precisam de tempo, maturação, calor, para se abrir e dar tudo de si, o Gold Rush revela isso de cara, fato incrível desse tabaco!!!

Já falei demais, até a Gueixa entrou no relato (rsssssssssss), se concentrando... vamos a prova!!!

As três primeiras baforadas magnificas, leve, sutil ao paladar, lembra um cigarro leve mais precisamente na primeira e segunda baforada. Em seguida, senti pequenas notas cítricas bem perceptíveis ao fundo, que faz com que o cachimbeiro queira buscar mais e mais o sabor cítrico, que remete indubitavelmente ao limão, diferente do Orlik Golden Slice que remete mais para a bergamota em alguns momentos mais profundos. Já na quarta baforada sentimos o virginia brincar com as papilas degustativas, dando uma certa sensação de adstringencia, mas que logo passa, incrível. 

Realmente um virginia suave e gostoso, pouco doce e bastante cítrico para esses primeiros momentos, mas definitivamente encantador. Perfeito para o começo do dia, pois esta longe do encorpado. 

Na medida que chego ao fim do 1/3 do fornilho esse tabaco vai adoçando, tomando novas matizes. Aquele sabor típico do virginia começa a se sobressair, resultando em um virginia doce temperado pelo sabor cítrico, tornando esse tabaco com um sabor único, pois conseguiu obter as duas pontas do Virgínia, a doçura e a citricidade!!!

O 2/2 do fornilho exige calma, desacelerar a cachimbada, pra o virginia continuar doce e não "picar". Esse 2/2 do fornilho é intrigante, pois como disse anteriormente é um doce e cítrico ao mesmo tempo, mas é maravilhoso, pelo menos para mim!

Ao final da jornada, no 3/3 o tabaco fica mais doce, demonstrando todo seu encanto, isso vai até o fim da cachimbada.

Com notas doces e cítricas, algumas vezes se misturando e intrigando o cachimbeiro é definitivamente um tabaco sem mistérios! Mas para que o complexo, os mistérios, se o simples esta bom demais!!!

Esse tabaco uniu com suavidade o doce e o cítrico, é ouro puro!!!

Um tabaco não encorpado, leve para médio em nicotina, bem acabado e balanceado. Perfeito pra quem gosta do doce do virginia e não quer se preocupar com a "mordida".

Leve, Doce, Cítrico, o que querer mais desse virgínia????

Eu que gosto de um virgínia não encorpado, mas saboroso e fácil de se cachimbar é excelentes!!!

Pontos fracos: fumaça longe da azulada, queima regular. Cinza tentando esbranquiçar, com dificuldade.

Sintetizando, é como o Sol das primeiras horas da manhã, lindo, leve, encantador.

Nota: 8,7.

Recomendado.

Imagens Imagens e Imagens

Ainda sobre o Calabash Brebbia

Prezados, ainda comentando a história do meu cachimbo Brebbia...ao refletir sobre todo o acontecido, me dei conta que esse cachimbo me esperou cerca de 15 anos para ser cachimbado!!!!

Apesar de ser um cachimbo produzido em 1997, está novo, nunca foi usado.


Ao pensar que foi produzido na Itália em 1997, veio ao Brasil (para um colecionador de Campinas), ficou 15 anos sem ser usado e chegou até a minha pessoa para ter a destinação nobre, de ser cachimbado, fico maravilhado e honrado com essa pequena história!!! Nesse momento tenho a nítida certeza que não fui eu que escolhi esse cachimbo, mas sim, que ele me escolheu!!!

Isso realmente faz desse cachimbo um XODÓ (como muito bem mencionou um confrade amigo...).

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Candido Giovanella Alemão com BR Whiskey ou com Latakia

Prezados amigos do blog, agora que estou com bastante Alemão em casa, resolvi fazer algumas brincadeiras, ou melhor, resolvi criar algumas mistura, até para dar vazão aos tabacos que estão parados (uma das coisas que os cachimbeiros mais gostam é ver que conseguiram dar vazão a um tabaco que foi comprado e que em outro momento não foi possível cachimbar em função de morder/picar/irritar a garganta) e que não consigo cachimba-los puro, dentre eles um BR Whiskey que tinha na gaveta.

Peguei cerca de aproximadamente 20% de BR Whiskey (esse tabaco tem o gosto bom, o problema é morder demais!!!) e misturei com restante de Alemão da Giovanella. Resultado positivo, a mistura ficou muito boa, pois tinha o sabor do BR, um gostinho de cavendish, o principal, não mordeu, recomendado!!! Era como se estivesse cachimbando um BR mas sem morder ou mesmo sem irritar a garganta.

Outra mistura que fiz foi adicionar cerca de 15% de latakia ao alemão, resultando num latakiado seco, do qual achei mediano, prefiro o Half e Half com cerca de 15% de latakia, pois fica um latakiado doce, que adoro!!! Mas, fica a dica, caso quiserem um latakiado seco, leve e sem pretensão, para uma cachimbada descompromissada, vale a pena adionar um pouco ao alemão.

Na medida que for fazendo mais misturas vou postando...

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Nanetto Pipetta e a Festa da Uva 2012

Prezados confrades, estava eu visitando a festa da uva(cerca de alguns meses atrás), em Caxias do Sul, quando na saída da festa, para minha alegria, me deparo com essa estátua de Nanetto Pipetta, com um cachimbo reto, sentado, cachimbando, excelente!!!

No momento que vi essa paisagem, nem sabia quem era o Nanetto Pipetta, apenas estava me perguntando, "uma estatua de alguém cachimbando aqui, vou conferir de perto" pensei, ao me aproximar, assim constava:

" Nanetto Pipetta, personagem criado pelo frei capuchinho Aquiles Bernardi, tomou corpo nas páginas do Correio Riograndense, a partir de 1924, em capitulos semanais.Tornou-se um ícone do imigrante italiano no Rio Grande do Sul. Pedro Parenti foi responsável, como escritor, pelo retorno de Nanetto Pipetta às paginas do Correio Riograndense, em fevereiro de 1999."

Brebbia First Calabash Select - Ano 1997

Prezados confrades amigos, hoje posto as fotos do meu mais novo cachimbo, um Brebbia First Calabash - Ano 1997 (apesar de ser de 1997 é um cachimbo novo, nunca usado)um cachimbo que veio acrescentar sobremaneira a minha pequena coleção. Como mencionei em post anterior, esse cachimbo já tem uma história com ele, pois não foi fácil ele efetivamente chegar em minha coleção. Um cachimbo que já tenho um carinho todo especial, agora é ver se dará boas cachimbadas!

Consegui perceber, agora que chegou, a preciosidade que tenho, pois efetivamente gostei muito dele!!!

Compartilho convosco meu primeiro calabash!!!

O Alemão chegou!!!!

Prezados confrades amigos, chegou semana passada meu tão esperado tabaco, 1 kg do Candido Giovanella Alemão. Volto a destacar, é um tabaco sem sabor, neutro, um tabaco "agua", por isso mesmo, não encorpado, um tabaco excelente pelo custo beneficio, não morde, excelente para fazer mistura e muito, mas muito fraco em nicotina.

Já ousei fazer misturas, nas quais se saiu muito bem como base (colocarei as misturas em outro post).

Enfim, um excelentes tabaco, pelo custo beneficio!!! Abaixo a foto do referido tabaco!!! Foi uma festa recebe-lo!!!!rsssssssssssssssss

Heineken - Brasil e Holanda

Prezados confrades, para mim a melhor cerveja custo beneficio, como mencionei em um post anterior, é a cerveja Heineken. Tem um sabor que aprecio e efetivamente me satisfaz em qualidade.

Usualmente quando compro cerveja, compro a Heineken produzida no Brasil, mas dessa vez experimentei a original, produzida na Holanda. A garrafa é diferente, como vocês podem ver abaixo, mas o sabor achei muito semelhante a produzida aqui. Essa cerveja produzida lá fora custa cerca de 3 vezes mais que a produzida no Brasil.

Na minha modesta opinião, são iguais, ou quase igual, não valendo a pena pagar 3 vezes mais por ela.

Gosto do sabor de um tabaco latakiado com o gosto que a cerveja deixa na língua, é um dos prazeres que a nobre arte nos proporciona.

Em tempo, voltando para a cerveja, das duas uma, ou é mais cara pela embalagem ser de alumínio (acredito eu que seja esse o material, pois não é de vidro mas de metal) ou eu não entendo nada de cerveja, o que é mais provável..rssssssssssssssssssssssssssss.

Um abraço e excelentes cachimbadas!!! 

Cachimbeiros famosos: Sigmund Freud

Calabash e a sua lição.

Prezados amigos do blog, realmente a vida é "uma caixinha de surpresas", como dizem alguns.

As vezes esperamos uma coisa e acontece outra totalmente diversa sem que possamos fazer nada para barrar o acontecimento, ou em sentido inverso, para "fazer acontecer" alguma coisa.

Existem coisas/fatos/sentimentos que fogem ao nosso controle, e estou para dizer que é a maioria deles... O melhor é estar preparado para as coisas boas e para as coisas ruins, assim, pelo menos, na ilusão de estarmos " preparados", não nos pegam de surpresa, se é que isso seria uma vantagem...

A surpresa dessa vez foi boa. Foi encomendado no mês de maio um cachimbo Brebbia First Calabash Select - Ano 1997. Simplesmente ele não chegou. Contatamos os Correios, que em cinco dias úteis, informou que o objeto tinha sido extraviado!!!

O que fazer com uma notícia dessas? Nada, pois efetivamente não existia nada mais a fazer, mas pensar no que aconteceu era inevitável para mim!

Pensei, só pode ser brincadeira, ou melhor "é a vida brincado comigo". Foi cruel(exagerando!rsssss)! Era como se tirasse o doce de uma criança!!! Era uma peça de colecionador esse Brebbia First Calabash Select de 1997!!! Além do mais, todo cachimbeiro deve um dia ter em sua coleção duas coisas, um cachimbo de espuma do mar e um calabash!!! Como não tenho de espuma do mar, agora não iria ter o calabash também!!!

Tinha até comprado um tabaco para experimentar com esse cachimbo e batiza-lo, o Gold Rush. Ele está fechado até hoje. Até pensei em provar ele com o Radice que chegou essa semana, mas por algum motivo não consegui...algo dentro de mim não tinha perdido a FÉ que ele chegaria!

Mas, como a vida nos surpreende sempre...adivinhem quem apareceu na minha vida ontem? Exatamente, o próprio!....o correio entregou ontem o meu tão esperado cachimbo!!! Pelo rastreio do correio, pude ver que ele resolveu ir para o Ceará e depois rumou para a minha residencia!

Saldo desse jornada: um cachimbo inesquecível; coisas impossíveis acontecem; acreditar no que se sente; nunca, mas nunca, perder a fé!!!

Semana que vem posto as fotos do meu tinhoso calabash!rssssssssssssss

Um abraço e excelentes cachimbadas

P.S. Esse cachimbo igualmente é especial porque a Brebbia é umas das únicas (senão a única) empresas que consegue fazer a furação do cachimbo calabash de forma correta, ou seja, em curva. 

Cachimbeiros famosos: Jacque Cousteau

Acompanhamentos da cachimbada

Prezados amigos, cachimbar é um arte, todos nós já sabemos, mas importante destacar que essa arte pode vir acompanhada de algum líquido/bebida, abaixo vou listar minhas preferências de líquidos/bebidas quando se esta cachimbando.

1. Chá de mate tostado puro ou com uma rodela de limão ou laranja: esse é o acompanhamento usual das minhas cachimbadas, um chá de mate tostado puro e algumas vezes adiciono um rodela de limão ou laranja (garanto que muda o chá e faz toda a diferença), geralmente uso o chá de mate da marca Mate Leão, para mim o melhor nesse segmento.
2. Chimarrão: Um bom chimarrão, ainda mais para um gaúcho nascido no interior, cai muito bem sempre, mas em uma cachimbada, fica muito melhor!!!rsssssss
3. Cerveja: Uma cerveja no final de semana completa a cachimbada. Nada melhor que uma boa Heineken para representar esse segmento. No começo da estação mais gelada, procurei uma bock, experimentei a Polar Bock (era a única bock que encontrei nos supermercados) e gostei.
4. Whisky: Um whisky efetivamente vai bem com um tabaco mais encorpado, para um data mais festiva, para um comemoração! Os meus preferidos são o Johnnie Walker Red Label (já provei o black label - preferido do Churchill, mas particularmente ainda prefiro o red - e quando quero um whisky mais encorpado, mas no mesmo nível, recomendo o Jack Daniels. Sem falar nos Whisky bem mais caros...esses que eu citei são os bons e com um alto custo benefício, pelo menos na minha opinião.

Sexta-feira, final de semana chegando....um bom tema para encerrar a semana.

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Radice Underwood G30

Prezados confrades amigos, compartilho convosco meu mais novo cachimbo, que ganhei de presente de aniversário de casamento, um belo exemplar da Radice.

É o meu primeiro Radice, um cachimbo novo, em acabamento rústico "underwood" (exclusivo da Radice), formato com leve curvatura, quase reto, o fornilho é no formato "ball", com uma pegada excelente, se encaixando confortávelmente na mão. As paredes são grossas. Medidas: 15,1 x 6 x 5,3 (diâmetro externo máximo no topo) 2,2 (boca do fornilho). Sem filtro.

Tem um fornilho enorme, conseguiu superar o meu cachimbo canadian da savinelli.

Pude senti o cheiro da madeira nesse cachimbo, que coisa boa!!!

Agora é confirmar se vai dar uma boa cachimbada.

Tabaco escolhido para o batismo, estou na dúvida do Margate ou do Gold Rush.

A vida, a alma e um tabaco simples

Do Super Homem filosofado por Nietzsche  aos Heróis americanos indestrutíveis,  do outro lado da moeda percebo a triste realidade, o quão efêmera é a vida e tão frágil é o Homem. A vida brota em 9 meses e pode se desligar em segundos...

Agora percebo que chega um momento em que pensamos no que efetivamente fizemos em vida, em quantas pessoas ajudamos, no que nos tornamos e em quem ajudamos...

Afinal, no final, resta apenas a alma/espírito, a consciência dessa e o criador...

O coração e a mente devem pesar menos que uma pluma de pombo...

A certeza que foi feito o melhor para o próximo, a certeza que a semente de Deus/Bem foi plantada, fecundou e iluminou o próximo e consequentemente a mim mesmo.

Se me perguntarem se estou morrendo ou doente por escrever esse texto, já vos adianto que não! Para a alegria de muitos (espero!rssss)!

Essas questões apenas cintilam em minha alma...certamente haverá uma razão para isso...

***

Nesse momento, um tabaco simples, sereno, leve e gostoso, Half e Half num Savinelli Oom Paul, para amenizar essas questões...rssssssssssssssssss

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Um cachimbeiro na capital

Prezados amigos do blog, segunda-feira estive na capital para cumprir alguns compromissos...no que estou passando pelo centro de Porto Alegre, mais precisamente próximo da prefeitura, me deparo com um Cachimbeiro! Estava parado, com um cachimbo reto, cachimbando tranquilamente, um pouco distante daquela multidão que se agitava... 

Como quem vos escreve fazia parte da multidão agitada, tive de puxar meu freio para admirar aquela cena, do senhor de idade cachimbando...parei, olhei, era realmente um cachimbeiro! Estava comprovado!rssss  

Era uma raridade...

Aquilo de alguma maneira me encantou, me paralisou e me fez sentir uma pequena alegria...quem sabe alguma questão de identidade......quem sabe por saber que está cada vez mais raro encontrar pessoas cachimbando e ele, naquele momento me passava a idéia que continuamos vivos.....quem sabe por aquele senhor conseguir fazer o que eu não consigo fazer, cachimbar em público com tamanha naturalidade (infelizmente hoje se nos vêem cachimbando pensam que é um cachimbo com uma droga ilícita, cria constrangimentos...etc...), quem sabe por saber que mais uma pessoa partilha do meu gostou por cachimbos e tabacos.....

Enfim, muitas indagações, mas também a certeza que aquele fato, de alguma forma me alegrou e me entusiasmou, a certeza que essa paisagem, essa fotografia de Porto Alegre já está gravada na minha mente....

A certeza que aquele senhor estava sereno, tranquilo, em paz consigo e com o mundo, pelo menos naquele momento daquela cachimbada...

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Maurice Vlaminck, Natureza-morta, 1951.

Paul Cezanne - O Fumante de Cachimbo

Frase do dia

"Vivemos num mundo onde precisamos nos esconder para fazer amor, enquanto a violência é praticada em plena luz do dia".

John Winston Lennon, compositor, ING, 1940-1980

Tobbac e Cellini forte

Prezados confrades, todos nós sabemos como os cachimbeiros gostam de provar novos tabacos, mas as vezes nessa busca de encontrar novos tabacos, acabamos por encontrar no caminho tabacos ruins, difíceis de serem cachimbados.

Ao passo que gostamos de encontrar novos tabacos, não gostamos de colocar tabacos no lixo, inclusive os que efetivamente não gostamos, sempre tentamos dar vazão aos tabacos ruins, misturando com outros tabacos, deixando envelhecer um pouco, enfim, o fato é que não gostamos de colocar tabaco fora e fazemos de tudo para que isso não ocorra.

Porém, até hoje tive dois tabacos que não consegui utilizar de nenhuma forma, o primeiro foi o brasileiro TOBBAC e o conhecido Cellini Forte.

O TOBBAC foi o pior tabaco para cachimbo que já conheci, simplesmente impossível de se cachimbar, pois mordia mais que cachorro louco e sua fumaça era terrivel!!! Nas mistura, tinha o dom de deixar qualquer mistura igualmente terrivel!!!!!

O Cellini Forte era melhor, mas igualmente ruim, tendo também o dom de deixar qualquer mistura ruim.

Detalhe: ambos eram aromatizados!

Resultado: Os dois tabacos foram parar na lata de lixo.

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Cachimbeiros famosos: Pablo Neruda

Um poeta alegre que andava cachimbando.

A Dança

Não te amo como se fosses uma rosa ou um topázio
Ou a flecha de cravos, que o fogo lança.
Amo-te como certas coisas escuras devem ser amadas,
Em segredo, entre a sombra e a alma.
Amo-te como a planta que não floresce e carrega,
Escondida dentro de si, a luz de todas as flores.
E, graças ao teu amor, escura no meu corpo
Vive a densa fragrância que cresce da terra.
Amo-te sem saber como ou quando ou de onde.
Amo-te tal como és, sem complexos nem orgulhos.
Amo-te assim porque não sei outro caminho além deste
Onde não existo eu nem tu.
Tão perto que a tua mão no meu peito é a minha mão.
Tão perto que, quando fechas os olhos, adormeço.

Cachimbando eu pensei...

Estava eu cachimbando um dia desses e pensei num dos maiores antitabagista, Hitler. Fiquei a pensar na segunda grande guerra e acabei me lembrando de Churchill.

Me lembrei dos dois lados de uma mesma moeda, qual seja, da segunda grande guerras e suas ideologias,  que estavam arraigadas aos seus lideres.

Ao passo que Hitler era contra toda e qualquer forma de tabagismo, Churchill apreciava os puros cubanos, vivia com um charuto na mão...

Me lembrei de Einstein com seu cachimbo sendo exilado nos Estados Unidos....

Autoritarismo e liberalismo, fanatismo e tolerância...totalitarismo e democracia....mas sobretudo, o perigo de querer se impor a qualquer custo! A intolerância que nos remete apenas aos instintos mais primitivos. O perigo de uma minoria/maioria que se cala! O perigo do silencio...da aceitação....de ver leis retirando direitos dos tabagistas com a total aceitação destes...do silêncio que tudo permite...

Acho que de alguma forma, hoje, a corrida antitabagista me remete um pouco a essas questões...

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

O Silêncio

Arnaldo Antunes, O Silêncio

"(...)

o silêncio
foi a primeira coisa que existiu
um silêncio que ninguém ouviu
(...)"

Ontem estava cachimbando e em uma determinada altura o silêncio era total. Naquele momento me peguei a pensar no Silêncio, que muitos identificam ou confundem com solidão, com medo, com suspense... com algo que está por vir...quem sabe um som, um grito... um barulho sequer para romper com o terrível e tão mal visto, silêncio.

 Fato é que hoje, o silêncio está cada vez mais raro, o mundo não silencia, o mundo não dorme e o silencio encontra-se em extinção. O mundo não dorme e as pessoas estão dormindo cada vez menos, isso é um fenômeno que vem ocorrendo... pense se você não está dormindo cada vez menos?

Sim, dormimos menos, não porque o silencio está em extinção lá fora, mas porque identificamos, desde muito cedo, que o silencio não esta relacionado com algo bom...mas porque nossa sociedade ou nós mesmo por natureza, tememos o silêncio? Será o barulho algo bom e vivo?

Não sei, apenas conclui que hoje, as mentes não silenciam, o ser humano tem uma mente inquieta, barulhenta! Ou está preocupado com alguma coisa, ou está procurando um motivo para se preocupar, ou esta se lamentando ou...ou...ou....sempre as interrogações assombrando nossa mente.

...

Ontem apreciei o silencio, o cachimbo me mostrou como é bom não pensar em nada e apenas aproveitar o momento, aproveitar o dia! Celebrar a vida! Que também é silencio!!!

O cachimbo é a pausa do mundo moderno, é o elemento que relaxa o corpo e liberta a mente! Celebra a vida, que nos faz descobrir como somos ilimitados se não nos prendemos a nós mesmos, aos nossos medos, as interrogações que assombram nossa mente!

...

Celebremos a vida, celebremos o silencio e a música!!!

...

Existe silencio na música, isso mesmo! Parece contraditório, ilusório, mas a musica só se completa com o silencio que existe dentro dela. Falo da Teoria do Silencio na música, que afirma que as "pausas musicais" e/ou "figuras de silêncio" são partes essenciais para a música..mas isso já é outra questão...

Mais uma vez, tudo esta em tudo...

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

René Magritte - Isto não é um Cachimbo

Savinelli Dry System Rusticated (1604)

Prezados amigos do blog, compartilho convosco meu cachimbo Savinelli Dry System Rusticated, modelo Oom Paul.

Um cachimbo extremamente leve, e o modelo, passou a ser um dos meus preferidos, pelo conforto em se cachimbar. 

Fumada seca e com uma boa puxada de ar (como eu gosto).

Detalhes do cachimbo:

Length: 4.90 in./124.46 mm.
Weight: 2.30 oz./65.20 g.
Bowl Height: 2.58 in./65.53 mm.
Chamber Depth: 2.00 in./50.80 mm.
Chamber Diameter: 0.80 in./20.32 mm.
Outside Diameter: 1.40 in./35.56 mm.
Stem Material: Vulcanite
Filter: 6mm
Shape: Oom Paul
Finish: Rusticated
Material: Briar Country: Italy 

Esse cachimbo foi batizado com o tabaco Margate, para minha felicidade, tinha sido a primeira vez que expimentava o tabaco e era o primeiro uso do cachimbo, o cachimbo é um dos meus preferidos e o tabaco é a Mistura Inglesa de minha predileção!

Realmente as vezes temos dias gloriosos!!! Esse foi um deles!

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Cachimbeiros famosos: Ronald Reagan

Pablo Picasso – Garçon à la Pipe

Um das pinturas mais caras do mundo!!!

Dados:
Data da venda: 5 de maio de 2004 – Sotheby’s Nova York
Vendido por US$104,168,000

Vincent van Gogh

                                            Interessante o cachimbo e o tabaco sobre a mesa.

Dica de cachimbeiro: depois de aceso o tabaco, não mexa no fornilho!

Prezados confrades amigos, minha dica de hoje é: depois de acender o cachimbo, mexa o minimo possível no tabaco/fornilho.

O que quero dizer com isso é que, depois que o tabaco estiver aceso, não mexa mais no fornilho. Caso for preciso tirar as cinzas, tire-as batendo o cachimbo de leve na cortiça do cinzeiro (não tire com a aste), e volte a socar e acender, se preciso, mais adiante, repita o procedimento, mas jamais mexa o tabaco dentro do fornilho.

Importante não usar a aste de metal e sim bater de leve na cortiça. Porque? Por dois motivos, o primeiro é efetivamente não mexer no tabaco que esta no fornilho; o segundo é deixar um pouco dos tabacos que começaram a combustão e ainda não viraram cinzas no fornilho. Deixando os tabacos que já começaram a queima, vai facilitar o reacendimento do cachimbo.

Agora a questão central desse texto, porque não mexer no tabaco que esta no fornilho? Pela minha experiência, quanto menos se mexer no tabaco depois de aceso, melhor será a cachimbada. Sempre que ousei mexer no fornilho além do necessário, ao voltar a acender, o tabaco estava diferente, mas para pior.

Se me perguntarem se tenho uma explicação para isso, não, mas lembremos que, "tudo é sem explicação até ter uma"!

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Pequena reflexão...

Refletir, refletir e refletir...


Mais importante que continuar e persistir, é saber a hora de parar.


Tudo na vida tem um início, um meio e um fim, saber identificar esses momentos é que é dificil.


Mas, o importante agora é que eu estou apenas começando...!!!

Paul Cezanne - CARD PLAY

Frase do dia

“La probabilidad de que un Tabaco pique es directamente proporcional al tiempo… o al dinero gastado en conseguirlo”

Luigi Alibrando, cachimbeiro.

Fonte: http://tobaccosophy.com/category/pensamientos/

Pequeno relato

Amigos, recebi de minha sogra um belo presente, ela foi na Paromas, tabacaria de Porto Alegre, e me trouxe uma mistura a granel da mais elaborada (rssssssssssssssssssssss), qual seja, um finamor sabor "caputtino"!

Mas o fato é que o tabaco era ruim demais, mordia como um cão feroz, não tive outra opção e o deixei no saco para ficar bem seco!

Com o passar do tempo, o tabaco perdeu completamente o aroma e ficou se parecendo "mais" com um virgínia. Ocorre que esse tabaco, que já tinha ótima combustão antes, agora mais seco, ficou, digamos, "com alto poder de combustão"!

Atualmente, quando vejo uma mistura que tem uma queima ruim, adiciono uma "pitada" do famoso "caputtino" da finamor, simplesmente essa pequena pitada faz com que todo o tabaco do fornilho queime por igual!

Realmente no mundo das misturas, o profissional tem de pensar em tudo...me lembrei do alto poder de combustão que o verdadeiro latakia possui...mais um ponto para o bom latakia, que consegue fornecer ótima combustão a qualquer mistura!!!

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

Perique puro

Prezados amigos do blog, existem os famosos tabacos temperos, como os orientais, latakia, perique. Como sabemos, são tabacos fortes que servem apenas para "temperar" uma mistura base (exemplo, virginias ou burley), pois são considerados fortes demais, principalmente o perique, alguns orientais.

Porém, quem imaginaria alguém fumando latakia pura?

Eu! Quero dizer, quase pura!!! Explico.

Já experimentei uma mistura caseira que fiz, com cerca de 80% de latakia e 20% de Half e Half, e não é que ficou interessante?

Diria que, na ocasião o denominei de latakiado doce, certamente em virtude do Half e Half estar com mais virginia bright...

Mas o ponto principal é que não ficou ruim, ficou forte e com sabor marcante, encorpado......confesso que fiz com o menor dos meus cachimbos!

 Ocorre que, muitas vezes ouvi dizer "latakia pura é impossível de se cachimbar", hoje, não acredito muito nessa prerrogativa, pois é bem menos pesado do que parece, esse é o ponto!!! E pode ser cachimbado sim! Meio fornilho, mas pode!!!rssssss

Agora escrevendo esse texto, me lembrei do famoso ocultista Aleister Crowley, que conta a história que nos seus últimos anos de vida cachimbava perique puro, isso é possível?

Acredito que hoje, pensando no perique e na sua "fortidão" não vejo ser possível um fornilho somente com perique, mas minha experiência com latakia afirma que "nunca" devemos dizer "nunca"!!! Em que pese o perique ser bem mais forte que o latakia e bem mais difícil de ser cachimbado!!!

Mas nessa vida, "não há o que não haja"!!!

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!