quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Tabaco McClelland Samovar - resenha final!





Prezados, Samovar é sem dúvida um dos meus tabacos preferidos, um dos melhores que provei, e digo mais, tratando-se de Mistura Balcânica está no topo juntamente com a #524 da pipeworks!

Como é uma resenha singular,  pois o tabaco é singular, começo revelando que este será um dos poucos tabacos que regressarão a minha adega, é um tabaco com um Q mais que especial! 

Não falarei dos pontos abordados anteriormente. Porém, não posso deixar de reiterar que a latakia síria de Samovar é única,  saborosa, uma das melhores que já entrou no meu fornilho, senão a melhor! Um tabaco com orientais espetaculares e com uma pincelada de virgínia simplesmente divina! Enfim, é um exemplo de um blend quase perfeito!

À noite estava chuvosa, uma chuva fina, o clima estava levemente frio, perfeito para se degustar um bom latakiado, pego meu zippo e o tabaco se abre no meu fornilho em prazer, as seis primeiras baforadas sentimos a latakia síria despontar magnificamente com seu esplendido sabor em boca,  um sabor persistente,  todavia, requintado, gostoso,  saboroso, quem conhece a deusa negra sabe do que estou falando! Logo em seguinda adentrando mais no 1/3 aparecem os orientais,  preenchendo o blend com seus sabores e imprimindo uma levíssima adstringência,  o virgínia está lá,  imprimindo uma doçura leve conjugada com a doçura refinada de alguns orientaisa combinação foi perfeita! É gostoso, misterioso, sedutor! Isso permanece em todo o primeiro terço!  Ou seja, um sabor gostoso demaissss!!! 

Detalhe interessante que alguns orientais tem uma pitada levemente doce e essa pitada casou-se ao virgínia, fornecendo uma doçura ao fundo do latakia que deixou o blend muito saboroso, pois não é a doçura do virginia e nem dos orientais, é a junção desses dois tabacos, ficou incrível! Sem falar no sabor da latakia que permanece do início ao fim brilhando, delineando, tomando conta do sabor, porém, deixa os orientais imprimirem seu encanto!

O 2/3 o blend continua com a latakia dominando, entretando,  os orientais soltam mais seu sabor,  deixando o blend mais complexo e sem perder aquela doçura falada outrora.  Essa doçura é leve, não adocica o blend, é apenas um toque para a latakia poder estar em tamanha proporção e para os orientais poderem ofertar toda sua complexidade.  Resumindo, esse 2/3 continua saboroso, ora mais latakiado, ora com o sabor dos orientais mais salientes e continuamos sentindo uma pequeníssima doçura,  encanta! A fumaça é cremosa,  espessa, o que ajuda a condensar os sabores em boca!

No 3/3 temos a latakia e os orientais fazendo a festa, claro, já terminando a festa, então seus sabores estão menos pronunciados, mas continuam saborosos,  porém começamos a sentir um sabor mais acre e mais terra, comum ao meio-fim do 3/3, entretanto,  isso é facilmente contornado ao cachimbarmos mais lentamente e friamente. Não obstante, o sabor estpa menos gostoso que outrora! Sentimos no 3/3 uma repetição com menor qualidade do 2/3, mas continua saboroso.

Interessante que esse tabaco tem uma complexidade boa, porém, a latakia o contorna muito bem, deixando o blend latakiado e com orientais com uma complexidade mediana e uma doçura acertada! Há complexidade, mas também sentimos que é um bled que não se expande muito em sabores! Isso é bom,  pois o sabor permanece bom e intriga na medida!

Um tabaco leve em nicotina! Cinzas finas e medianamente esbranquiçadas!

Nota 9,5!

Altamente recomendado para quem aprecia latakiados pesados!


Agora fica o porquê de não dar nota máxima. Explico. 

Esse tabaco já é um dos meus preferidos, em que pese eu achar que ele poderia conter um pouquinho menos de latakia, por um simples motivo, como a latakia esta em grande proporção,  ela deixa a língua,  às vezes, com um pequeníssimo desconforto, é muitooo leve esse desconforto,  mas somente por isso não dou nota máxima! 

Um abraço e excelentes cachimbadas!


P.S. Essa lata de Samovar tem no mínimo 3 anos, ouvi relatos de latas mais novas em que esse tabaco veio mais para úmido,  portanto, temos de considerar a idade da lata na resenha. Ainda vou experimentar uma lata nova e compará-las.

P.S2. Já falei sobre isso em post anterior, mas ressalto que esse tabaco tem seu pico máximo de sabor logo depois de aberto até umas 36 horas depois. Com o passar desse tempo ele vai perdendo um pouco a sua pseudo doçura e o orientais perdem aos poucos sua complexidade, restando a latakia cada vez mais presente/marcante.

5 comentários:

  1. boa noite caro confrade!

    essa sua resenha é de dar água na boca! tenho uma lata desse tabaco também, aguardando o melhor momento pra ser apreciada! talvez não com a sensibilidade,e a aguçada percepção do colega, mais creio que terei meus momentos de "êxtase tabagístico" kkkkkk

    Mas pra não perder o costume; uma indagação!

    vi você falar que o ápice desse tabaco é 36h, e depois ele começa a iniciar seu "leve declínio". e me lembrei que algo parecido tem acontecido comigo em relação a alguns tabacos.
    mais como ainda sou "vara verde" no assunto queria uma luz do colega.

    artisan's blend: quando abri a lata um aroma agri-docê delicioso , no primeiro fornilho, meu deus uma delicia! latakia, notas docês dos orientais o perique muito leve ..um tabaco gostoso e tal..; 3 dias depois tudo isso havia se reduzido a 50/% generosamente falando!
    Rapaz, isso é normal? a tabacos que perdem tanto assim em tão pouco tempo? e naõ foi só ele não! Durbar mixture seguiu o mesmo caminho1
    poxa são tabacos de respeito um é 4 estrelas na TR. porque isso acontece Rovian?

    Sei que estou longe de ser um grande cachimbeiro! mais também sei que já dei "meus passos" em relação há: encher um fornilho corretamente,acender o tabaco, fumar o mais devagar possível, procurar o cachimbo certo em relação ao tabaco; acondiciono meu tabaco em pote hemético .., creio que não estou causando isso.

    Então só posso chegar a conclusão que isso é assim mesmo ! sera que é?


    ps. no fundo da lata do meu samovar consta : 122 15 suponho : 12/02/15 bem mais novo que esse teu.

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    1. Bom dia confrade!!! Que bom ter o amigo novamente por aqui! Fico feliz que tenha apreciado a resenha, tenho certeza sim que terá belos e inesquecíveis momentos com o Samovar! Realmente acredito que sua lata seja mais nova, quando abrir, se puderes me dizer como veio a umidade, pois muito relatam que vem bem úmido, a minha lata por ser um pouco mais antiga veio no ponto perfeito!

      Em relação a sua indagação o tabaco, desde o momento em que deslacramos a lata, ele começa a sofrer transformações, ele está "vivo" e vai se modificando sim! O que percebo em misturas inglesas pesadas como em inúmeras misturas balcânicas é que eles realmente perdem esse "adocicado" dos orientais que estão conjugados com o virginia! Eu tb adoro essa doçura, mas ela tende a se perder em no máximo 48 horas, depois até que em uma ou outra cachimbadas sentimos, mas não como outrora.

      O porquê disso acontecer, acredito eu, é o contato com o ar, mesmo em pote hermético o tabaco quando abrimos a lata ja começou seu contato com o ar, e os tabacos mais sensíveis, como os orientais perdem um pouco de suas caracteristica, aliado a latakia que tentam suprimir o sabor dos demais. Lembrando sempre que os orientais são tabacos leves, requintados e o contato com o ar o torno mais áspero e menos doce, aliada a latakia que encobre seu sabor...ai vc já viu ne!heheheh

      E vc é um grande cachimbeiro sim, venho te acompanhando e vc está se saindo muitoo bem, aliado ao fato mais importante de todos que é ter o "espírito" de cachimbeiro, e esse meu nobre amigo, com certeza voce já tem!

      Fique tranquilo, é assim mesmo no quesito a esses tabacos, não está fazendo nada de errado não!

      Espero ter esclarecido algumas coisas! Qualquer coisa só entrar em contato! :)

      Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

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  2. obrigado confrade! quando eu abrir te falo.

    ainda aguardo(s), te canal no youtube!

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