Tabaco G.L. Pease BLACKPOINT - resenha final

Prezados confrades e amigos, demorei, mas está aí, a resenha "completa" do tabaco Blackpoint. Peço desde já desculpa por ser uma resenha simples, comedida. Porém, acredito que vocês me compreendem, afinal, quando o tabaco/mulher não empolga muito, o tesão é menor!!!hehehehehehe 

No quesito aroma e cor, estes já foram relatados quando abri a lata.

Depois de mais de um mês aberto, finalmente faço essa pequena resenha. Começo por relatar uma curiosidade: esse tabaco combina majestosamente com café. Combina com pequenos-grandes momentos; como uma pequena cachimbada depois do almoço,  acompanhado, é claro, com um delicioso cafezinho; para complementar uma sobremesa; para aquele final de tarde, acompanhado de um delicioso café com leite. Mas sem dúvida, com o café preto ele alcança seu cume em sabor! 

Como um tabaco solitário - sem nenhum acompanhamento- ele deixa a desejar, pois lhe falta encanto, estrutura, complexidade, corpo. Enfim,  falta-lhe a magia de um excelente tabaco,  que se basta por si só! 

Blackpoint tem em seu 1/3 seu ponto máximo, demonstrando seu caráter fugaz, que se perde com o avançar do fornilho. Afinal, ser bom no primeiro terço é fácil,  quero ver é encantar do início ao fim. Sim, no primeiro terço ele conjuga bem o sabor latakiado com uma boa proporção do famoso Izmir e um leve toque do perique, resultando em uma boa mistura.

No 2/3 o latakia diminui seu sabor, consideravelmente,  deixando o oriental Izmir reinar juntamente com o perique ao fundo.  Sinto-me navegando em um mar aparentemente calmo, porém um presságio angustiante me acompanha: cada vez que avanço, o sabor torna-se mais forte, e o perique mais presente. Conclusão,  o 2/3 é o sabor do IZMIR com uma leve picancia do perique; o latakia no meio de campo, tentando imprimir seu sabor. O virginia aparece imprimindo uma reprimida doçura.  Sabor agradável, de corpo médio,  começando a remeter a terra, a couro, conjugada com uma leve picante.  

O 3/3 começa a amargar,  o sabor resta mais forte, amargo! O que torna o sabor desagradável!  Com exceção do começo do 3/3, que ainda podemos sentir o Izmir em profusão e contornado pelo latakia, o restante desanda, restando apenas um sabor amargo, que em alguns instantes remetem ao izmir-latakiado, mas não encanta. 

Sintetizando,  é um tabaco que não finaliza, que não encanta. Ruim não é,  mas esta longe de ter mais de duas estrelas.  Sabem aquele tabaco que dura mais tempo? Então vocês me compreederam agora! ! Heheheheh

Tabaco leve em nicotina; cinzas esbranquiçadas.

Nota: 7, 5

Espero que tenham apreciado. Já estou pensando em qual latinha abrir agora... escolha difícil!!!heheheeheh

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

P.S. Detalhe interessante, esse tabaco nos primeiros 15 dias depois de aberto perdeu bastante sabor. Porém, passado estes 15 dias iniciais ele se estabilizou no pote hermético, não sofrendo um decréscimo substancial, ou mesmo ressecando.