Da série: Cachimbeiros de Verdade com o mestre Alfredo Maia

Prezados confrades e amigos, a série Cachimbeiros de Verdade dessa semana é com o mestre na arte de cachimbar , o confrade Alfredo Maia.

 

Falar do confrade Alfredo Maia para mim é um prazer e ao mesmo tempo um privilégio, pois me remonta o primórdio de minha história com o cachimbo. Sim, isso mesmo!

 

Foi no fabuloso grupo da A Confraria Amigos do Cachimbo (CAC) que eu aprendi minhas primeiras lições (ainda na época do yahoogrupos!), minha base, meu chão, e lá estava o confrade Alfredo Maia, sempre respondendo com maestria nossas questões, como um verdadeiro professor!

 

Eu considero o confrade Alfredo Maia um dos maiores conhecedores da nossa arte aqui no Brasil, com um conhecimento verdadeiro e amplo ,que vai desde os tipos de tabacos, seus blends, cachimbos, marcas, bem como tem conhecimento sobre a historia da nobre arte. Além é claro de todo o conhecimento empírico que sua historia com o cachimbo construiu! Nos grupos até brincamos, quando não achamos uma resposta para alguma questão, vamos chamar o confrade Alfredo Maia, que certamente ele vai ter!

Não é por acaso que o confrade Alfredo Maia é autor do livro, Tabacos e Cachimbos de Cristovão Colombo até hoje. Agora não preciso dizer mais nada, já deu para perceber que o nosso convidado de hoje é de peso!

 

Abaixo a brilhante entrevista, Ipsis litteris.

 

 

 

 

 

1.Como conheceu o cachimbo?

 

Antes de começar a fumar cachimbos eu nunca havia fumado nada; nem cigarros, nem charutos, nada. Por isso, nunca entendi porque um tio meu, presenteou-me com uma cigarreira de metal dourado toda lavrada e um cachimbo Savinelli billiard rústico, quando eu tinha 15 ou 16 anos.
Os presente ficaram guardados até meus 23 anos quando resolvi experimentar o cachimbo, nem me lembro porque. Fui até uma tabacaria no Largo do Arouche (nem existe mais), aqui em São Paulo, e comprei um pacote de CLAN. Apanhei um pouco no inicio, mas no fim tudo deu certo, embora eu nunca tenha tido alguém para me orientar ou algum lugar para ler algo sobre cachimbos. Lembrem-se de que estamos falando de 1965/1968.

2. Como o confrade é um cachimbeiro de longa data e apreciador dos melhores tabacos, poderia nos listar alguns tabacos inesquecíveis e que atualmente não são mais fabricados?

Que não sejam mais fabricados só me lembro do Balkan Sobranie que fumei uns dois ou três pacotes. Todos os outros que vou citar podem ser difíceis de encontrar aqui no Brasil, mas não acho que tenham sido descontinuados. Entre esses posso citar o Balkan Supreme da Wessex, o Park Lane #7 da Orlik, o Cut Blended Plug da Frwibourg & Treyer, o Virginia #1 da MacBaren e o AAA Cavendish da Grant´s Tobacconist de São Francisco. (alô Luis Graciano, dá uma olhada nesta listinha).

3. Dos tabacos atuais, não importando o tipo da mistura(vapers, virgínia, MI...), poderia nos listar seu cincos tabacos prediletos?

Eu costumo dizer que meu tabaco predileto ainda não fumei e deve ser o próximo. Minha lista de tabacos consumidos está por volta de 88 ou 90 tabacos e além dos 5 citados na resposta anterior, posso acrescentar o Cube da MacBaren, o Cellini Forte da Planta Taback, o Navy Cavendish da McCleland, o Royal Navy Flake da Holger Danske, o Escudo da Peter Stokkbye, o Flake Medallions da Davidoff, o Presbiteryan da William P. Solomon, o Black and Bourbon da Danske Clube, todos da Dunhil, etc etc
Fico muito feliz cada vez que encontro qualquer um desses para fumar.

4.Agora falando em cachimbos, sei que o confrade tem uma bela coleção, desses, teria algum preferido? Ou mesmo mais de um?

 

Na realidade não tenho uma coleção, mas um monte de cachimbos que fui juntando e uso para fumar. Uma coleção pressupõe alguma orientação do que dever ser colecionado, e eu tenho de tudo, inclusive porque muitos deles eu ganhei. Também não tenho um cachimbo preferido, mas tenho uma meia duzia que se destacam dos outros por uma ou outra razão. Entre esses está o Porsche que ganhei de um amigo, um Jess Chonowitsch que comprei por um preço camarada, um bulldog Savinelli comemorativo, com certificado de autenticidade e um comemorativo cAc 2011 muito bonito, entre outros.

5. Falando agora um pouco de seu maravilhoso livro, como foi escrever, pesquisar, retratar a nobre arte para os demais confrades? Como surgiu a ideia? Nos fale um pouco dessa experiência, se possível.

 

O livro surgiu de tanto eu dar palpites na lista de discussão da Confraria dos Amigos do Cachimbo no Yahoo e de haver começado a ler tudo que encontrava sobre o assunto para embasar os palpites. Fui me apaixonando pela história do tabaco e de palpites passei a escrever pequenos artigos para a cAc. Um dia o Térgio Patricio, dono da cAc, disse, comentando a falta de literatura sobre o assunto, que  um dia alguém escreveria um livro contendo tudo o que era discutido na lista (acho que ele nem se lembra disso). Foi ai que me dei conta que se juntasse tudo que já havia escrito e acrescentasse um pouco mais, daria um livro. Usei a experiência que tinha de escrever manuais de operação de fábricas, fiz alguns cursos sobre como escrever livros e finalmente ousei publicar o livro.

6. E quem quiser adquirir o seu livro, como faz?

Que quiser adquirir o livro pode me enviar um email com o endereço para alfamaia@gmail.com ou procurar no site da cAc em www.amigosdocachimbo.com.br

7. O confrade também é fundador e moderador do nosso brilhante grupo Confraria Amigos do Cachimbo (famosa CAC), que hoje inclusive está no facebook! Como surgiu a ideia da CAC? Qualquer confrade pode participar? Poderia dizer aos demais confrades como eles fazem para se inscrever?

Na realidade os fundadores da lista de discussão ou grupo de discussão do Yahoo foram o Paulo Fernandes de Porto Alegre e o Térgio Patricio de Curitiba, ficando este como o dono da lista. Mais tarde eu e o Waldomiro Castro ((TÁ NO SITE...) (esta só os da lista entendem)) fomos nomeados moderadores pelo Térgio. Com o advento do Facebook, eu e o Castro (muito mais ele que eu) criamos a comunidade com o mesmo nome. Qualquer um pode participar, bastando solicitar a inclusão ou ser indicado por um participante e ser aprovado por um dos moderadores. Esta "aprovação" dos mdoeradores tem unicamente a finalidade de tentar evitar a participação de um perfil "fake" ou unicamente com finalidades comerciais.

8.Agora para finalizar, sei que abusei e fiz muitas perguntas, mas quando se fala com o mestre, o "discípulo" fica ansioso e descarrega a falar (hehehehe), teria alguma dica para quem estiver iniciando?

Fumar cachimbo é uma coisa muito particular e cada um tem o seu modo. Não há certo nem errado, é apenas o SEU modo. Neste ponto quero fazer uma ressalva:  eu brinco muito sobre o uso ou não de filtros e condensadores e a bobagem que é, etc etc, mas cada um faz como achar melhor. A úncia coisa que posso dizer aos iniciantes é que não se deve desistir por achar dificil ou complicado; no caso de qualquer dúvida ou dificuldade, procurar uma pessoa mais experiente ou recorrer a comunidade tanto do Yahoo como do Facebook para que lhe ensinem o "caminho das pedras" para poder melhor usufruir dessa nossa arte.

Um abraço a todos.

 

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Agradeço ao confrade Alfredo Maia por ter concedido gentilmente e prontamente essa entrevista, bem como agradecer por estar sempre conosco, respondendo  nossas duvidas e ampliando nossos horizontes com seu conhecimento. Parabenizo outrossim, pelo livro e por sabiamente moderar, junto com o confrade Térgio o grupo da CAC.

 

Semana que vem tem mais! Com mais um convidado muito especial!!!! Não percam!

 

Um abraço e excelentes cachimbadas!!!