segunda-feira, 21 de maio de 2012

Finamore Selected Blend - Frutal and Floral Flavour








Prezados confrades amigos, no final de semana adquiri em uma tabacaria em Novo Hamburgo, o tabaco Finamore Selected Blend(me custou R$ 20,00 ou $10), um dos únicos, senão único tabaco brasileiro em flake desfeito/broken flake, aromatizado, com a denominação cavendish tobacco "frutal and floral flavour".

Destaco. desde já, que de cavendish não tem nada! Ainda não consigo entender as industrias brasileiras que utilizam termos que, em nada, condizem com os produtos que estão vendendo (me lembrei da mistura finamore denominada Tipo Inglês, que de mistura inglesa também não tem nada)!!!

Esse tabaco tinha me despertado interesse pois li na internet que era um dos melhores tabacos brasileiros; e tinha a particularidade de ser um tabaco de flake desfeito, o que efetivamente me agradou! Também tinha lido que era um lançamento da finamor....porém o  que li não era exatamente a expressão mais exata da realidade. Explico.

Primeiramente o tabaco não é um lançamento, descobri isso na própria embalagem, onde diz que é "desde 1945", logo, passo a entender que não trata-se de um lançamento.

Ao abrir o bulk um aroma forte se assemelhando ao frutal percorrer nossas narinas (mas nesse momento também senti o cheiro do legítimo virgínia). A cor dele também me remeteu ao virgínia. O tabaco estava no ponto de umidade certo, possibilitando uma ótima queima.

Coloquei no fornilho e não consegui cachimbar mais de 4 baforadas!!! Simplesmente minha língua e minha garganta somente me diziam para parar, não tive outra alternativa senão parar!!!Ele não mordia, ele devorava a lingua!!!

Mas, o que mais me deixou curioso é que, o problema desse tabaco estava realmente na aromatização dele, pois eu senti o virgínia dele e gostei!

O que estragou esse tabaco foi o excesso de aromatização e de elementos químicos que não me possibilitaram continuar a cachimbada! Como se tratava de um virgínia, ele era gostoso de se cachimbar mais friamente, percebi isso e tentei uma solução para ele(nós cachimbeiro fazemos de tudo para não perder um tabaco!!! rsssssssssssss)! Vou contar.

Como gostei de sua base, qual seja, de virgínia, estou deixando o tabaco secar,  desde sexta-feira o bulk está aberto e já perdeu grande parte da aromatização. Fiz uma pequena experiência no domingo a noite, coloquei cerca de 1/4 dele com um tabaco neutro e a cachimbada ficou muito boa, pois deu para sentir aquele gostinho do virgínia...que delicia! Comecei então a brincar...quando ele tentava morder eu diminuía o ritmo da cachimbada, tornando mais fria...e assim ficamos nessa brincadeira gostosa!!! Principalmente pelo fato de me proporcionar o gosto do virgínia, que é algo que eu gosto demais!!!

Então amigos, para minha surpresa, acredito que é um dos tabacos que terei sempre, não para fumar puro, mas quando desejar, nas minha brincadeiras com misturas,  sentir mais um virgínia.

Conclusão: Um tabaco difícil de ser cachimbado puro, acredito que com o tempo e com a perda da aromatização fique cada vez melhor (restando depois de um tempo somente o bom virgínia), não para cachimba-lo puro, mas para incrementar uma mistura, principalmente quando o cachimbeiro deseja se lembrar como é bom um virgínia......aquele gostinho que só a Lady virgínia pode proporcionar!!!


P.S. Não entendo até hoje como uma industria pode estragar uma boa base de virgínia com aromatização de terceira linha...porque não vendem sem aromatizantes, pois o virgínia brasileiro é considerado um dos melhores do mundo!!!

P.S. O fato desse tabaco utilizar o virgínia como base, o torna ainda mais mordedor quando foi aromatizado em excesso pela industria. Percebi que o virgínia ainda estava cru ou seja, ainda estava verde, unindo isso ao fato do excesso de aromatização, tornou-se um tabaco muito dificil de se cachimbar puro. O virgínia amadurecendo em contraponto a perda da aromatização, faz com que eu tenha boas perspectivas sobre esse tabaco em cerca de 1 ano!!!


8 comentários:

  1. Quem sabe essa nova lei veio para melhorar nossa vida de cachimbeiros.

    Grande abraço.

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  2. Exatamente o que penso, pois o Brasil produz boa qualidade e quantidade de tabaco Marcelo, principalmente virgínia.

    O que estraga efetivamente é a aromatização.

    Se o virginia estiver verde/cru a gente deixa na gaveta um tempinho e ele melhora..rsssssssssssssss

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  3. Boa tarde cavalheiros, achei esse blog por acaso e achei bastante interessante. Comecei a cachimbar a alguns meses, e gostei muito do prazer que isso proporciona. Comprei ontem esse fumo Finamore extra mild cavendish regular, mas não abri ainda, dei uma boa lida no seu post e quando abrir vou fazer esse experimento, como foi descrito por ti. Agora estou apreciando o Kapt'n bester vanilla, com uma boa xícara de café preto. Gostei do sabor, é bem forte, e o fumo vem sequinho. Eu particularmente não conhecia, mas me agradou.
    Vou acompanhar seus posts a partir de agora e discutir sobre algumas ideias.
    Abraço.

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    1. Boa tarde confrade, seja muito bem vindo ao blog, é um prazer tê-lo conosco!
      Cachimbo e café, o confrade sabe o que é bom!!! Recomendo ao confrade experimentar o Half e Half se ainda não o fez, uma excelente pedida!!!

      Ainda não experimentei o kaptan bester vanilla, mas pelo que o confrade falou, deve ser bom!

      Será um prazer discutir sobre a nossa nobre arte, novamente, seja muito bem vindo e pergunte sempre que desejar!!!

      Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

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  4. Também revisei esse tabaco no Tobacco Reviews. Discordo de você, ele é Cavendish, para mim, Cavendish sem muito açucar, mas é. Cavendish feito de Virginia Brasileiro.
    Também discordo quanto à aromatização. Para mim, não é forte demais, é até leve. Em compensação, Nicotina tem muito, para um Cavendish.

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    1. Em adição ao meu comentário, quero também dizer que acho esse tabaco sêco demais, mas ele é razoável. Recomendo a quem gosta de sentir a aromatização, mas com considável sabor e odor de tabaco neutro.Quanto à data, ele é recente sim. a expressão "desde 1945 " refere-se somente ao ano da fundação da Finamore, que então fabricava apenas o Irlandez clássico, o primeiro Blend da Marca.

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    2. Primeiramente, seja muito bem vindo confrade! Em relação as suas colocações, minha opinião sobre ele continua a mesma, mas respeito a sua, afinal, a prova/resenha de cada tabaco depende de cada um, em função do gosto sofrer variações. No tocante ao Cavendish, este pode ser um corte, como muitos o denominam, ou mesmo um processo, nesse quesito, na minha opinião, este Finamor não é nenhum deles. Em relação a data, acredito que esteja correto, e agradeço por compartilhar essa informação.

      Mas agora é com o consumidor, se este tabaco é bom ou não, não acha?heheheheheheh

      Aproveito para convidar o amigo, caso tenha vontade, a publicar suas reviews de tabaco aqui no blog, para mim seria um prazer e acredito que todos os confrades iriam apreciar. Fica o convite! ;)

      Um abraço e excelentes cachimbadas!

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  5. Boa noite confrade...eu fiquei aqui a pensar o que relataste..iniciei faz 1 semana na arte do cachimbo e estou muito satisfeito, muito msm..mas ainda aprendendo, eis que me dei bem melhor com Geróss do que com Irlandez...achei Irlandez muito forte e esquentou demais o cachimbo..quase que minha boca pega fogo.
    Gostei muito do CG de cereja, mais suave e não esquenta nem arranca a língua rsrs,aqui onde vivo tem um lugar que vende Finamore flake com uma embalagem do creme para marrom e me relataram que este não fabricam mais,e que é o melgor nacional,amanhã comprarei o dito e provarei pois não sei guardar e esperar para fumar..depois te passarei mais sobre ele.
    Achei Irlandez o Marlboro dos cigarros.

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