quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Tabaco G. L. Pease Lagonda - resenha completa


Prezados confrades, em virtude de não ter tido muito tempo, nos ultimos meses, demorei a fazer a resenha final deste tabaco. O segundo motivo que me reteve foi o fato de que este tabaco,  ou minha lata em particular, veio com um corte muito irregular.  Ora com tabacos mais grossos e grandes, ora mais "triturados". Resultado, cachimbadas com nuances deveras salientes, diferente uma das outras, dificultando uma resenha fidedigna! 


Em que pese isto, vou fazer uma pequena resenha, uma síntese da síntese desse tabaco. Abstenho de falar sobre a cor e aroma, pois ja o fiz em post anteriores. Relembro todavia a postagem do "folha inteira" que encontrei na lata, corroborando com o fato que mencionei acima, sobre as nuances deveras salientes de cada cachimbada.


Organizarei essa resenha em tópicos, diferentemente das outras. Aí vai!


Lagonda e o tempo: Lagonda foi um dos tabacos que ganhou com o tempo, que ganhou com o contato com o ar. Ele arrendondou seu sabor, perdeu sua acidez acentuada, enfim, restou bem melhor. Resiste praticamente um mês em pote hermético e depois vai perdendo suas qualidades aos poucos.


Resenha realizada depois de aproximadamente 25 a 30 dias aberto, ou seja, no seu auge! 


1/3 do fornilho: Diferentemente de quando foi aberto, esse 1/3 se revelou equilibrado,  com o sabor do latakia preponderando levemente sobre os orientais que se revelaram maduros, redondos, dando o melhor de si, ao fundo o virginia "adoça" os orientais, que finalizam magestosamente em boca! Nada como ter esperado pacientemente esse tabaco respirar, ele parece outro! Findando o 1/3 percebo o virginia cercando o oriental e se misturando graciosamente com ele, delicia esse 1/3!!!


2/3 do fornilho:No segundo terço,  o latakia perde força e o oriental parte para o ataque, juntamente com seu aliado virginia, que juntos formam um sabor interessante,  que descreveria como um izmir levemente adocicado pelo virginia. Isso se cachimbado friamente. Caso contrário o sabor encaminha-se mais para terra, madeira. Particularmente prefiro seu sabor frio, mais leve e mais saboroso ao meu paladar. Esse é o sabor que prepondera no 2/3. Interessante, mas longe de ser estupendo e tampouco serve para ser menosprezado,  ou seja, um 2/3 mediano, nem mais, nem menos. 


3/3 do fornilho: esse é sem dúvida o ponto mais crítico de qualquer tabaco, e misturas com boa dose de orientais sofrem bastante no 3/3, na medida que o oriental, via de regra, tende  a tornar-se mais acre, madeira, couro, quando cozido, mesmo que levemente, ao chegar no 3/3. Com Lagonda a regra se repete, mas com menos intensidade, pois o latakia atenua esse fato, restando um 3/3 mais fácil de ser cachimbado, pois o latakia se mistura ao oriental, trazendo um encanto no 3/3 do fornilho. Isso, claro, se você cachimbar lentamente, com algumas pausas obrigatórias! Heheheheh


Confrades, esse foi Lagonda na minha humilde concepção.  Um tabaco interessante, que classificaria como médio no sabor. Certamente não o comprarei novamente, pois não tem um encanto, uma estrela a me encantar.


Uma boa queima. Cinzas brancas como a neve. Leve em nicotina.


Nota: 8.0

Um abraço e excelentes cachimbadas! !!

P.S.  Será que a vida imita um fornilho? Aonde o 1/3 geralmente é delicioso; o 2/3 uma aventura que pode ser o auge da cachimbada;  o 3/3 sempre mais perigoso, mais amargo, mais difícil. ......ainda bem que temos os virginias,  que podem ser fabulosos no 3/3! ;)

P.S 2: Prezados, quando provarem esse tabaco, fiquem atentos ao "doce" que ele gradualmente vai liberando. Isso se deve ao red Virgínia,  aliás,  um ótimo virginia da G.L. PEASE que se faz notar do início ao fim.

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