Cornell e Diehl DA VINCI

Prezados confrades amigos, mais uma pequena resenha, agora do tabaco Da Vinci da Cornell e Diehl, uma mistura bem conhecida, que leva bastante latakia. Da Vinci tem entre seus tabacos o burley, o virgínia bright e o famoso e desejado latakia.

 

Ao abrirmos a lata (uma lata encantadora diga-se de passagem!) sentimos uma explosão enorme do aroma do latakia, que dá pouco espaço para o burley e para o virgínia aparecerem no aroma. Estes somente aparecem ao fundo do aroma, complementando a mistura. Sentimos mais o Virgínia em segundo plano e o burley bem discreto, mas este último dá seu toque ao aroma, pois se misturou ao virgínia, dando um cheiro muito gostoso ao aroma dessa mistura. Porém, o aroma é deliciosamente carregado de latakia, a estrela dessa lata, com certeza!!! Resta saber se essa estrela vai brilhar com os demais fumos!!!

 

O tabaco veio seco demais, tomara que não prejudique a cachimbada.

 

A cor de Da Vinci é predominantemente escura pela quantidade de latakia, o burley é bem perceptível pela sua cor marrom e o claro virginia bright tenta sem sucesso clarear essa mistura. Uma mistura "negra", assim como a estrela da festa!

 

Tenho por mim que será uma mistura forte em latakia, estruturada em virginia com um toque do delicioso burley. Vamos para o sacríficio!!!rsssssssssssssssss

 

Apesar do corte o acendimento foi regular. As 6 primeiras baforadas evidenciam a quantidade elevada de latakia, mas percebemos claramente o sabor do virgínia, que junto com o latakia formam uma bela dupla. O 1/3 permanece o latakia jogando com o virgínia. O latakia não esconde o virgínia, restando aquela sabor latakiado seco, não doce. Nesse caso o virgínia não está imprimindo nenhuma doçura para essa mistura, apenas seu sabor caracteristico sem seu viés doce. Resta um latakiado seco! Não doce! O virginia aparece apenas para dar estrutura/base para o latakia poder evoluir e não tornar-se forte demais. Interessante, volto a repetir, é que o virginia não adiciona nenhuma doçura a essa mistura, pois a mesma permanece seca e longe de ser doce. O 1/3 é todo latakia e virgínia, seco, um pouco acre, medianamente saboroso.

 

No 2/3 o fornilho fica mais forte, o latakia predomina junto ao virginia que somente acrescenta força e sabor, o burley é discreto, aparecendo mais na metade do 2/3. Novamente o latakia predomina. Detalhe, não achei o latakia dessa mistura saboroso, uma pena! Não é um latakia que encanta e enche o cachimbeiro de prazer! O fim do 2/3 o latakia da espaço aos demais, mas a mistura fica um pouco amarga, o que me desagradou!

 

O 3/3 com o virgínia mais "cozido" e o latakia mais discreto, o burley ganha um pouco mais de força, imprime um pouco do seu sabor caracteristico, mas logo se esvai, restando o 3/3 em um mistura desequilibrada, sem sabor, com muito amargor. Novamente sem encanto! O final do 3/3 é amargo, amargo e amargo.

 

Concluindo, um mistura sem encanto, sem estrela, sem brilho. Não é saborosa, não fornece um prazer ao cachimbeiro ao passo que ela não preenche, pois parece que está sempre faltando alguma coisa para o sabor ficar realmente bom!!! Resumindo, no mercado existem misturas bem melhores para quem adora latakiados fortes!

 

Boa queima!

 

Boa fumaça, cinzas finas e brancas!

 

Nível médio em nicotina.

 

Nota:7,0

 

Recomendado? Não é de toda ruim, mas você que gosta de um latakiado forte e saboroso, encontra melhores opções no mercado.

 

P.S. O latakia dessa MI não me agradou, não senti um latakia de primeira linha, saboroso, presente, defumado, que preenche o sabor na boca, uma pena!

 

P.S2. Sempre tenho receio quando se mistura latakia com burley. É uma difícil combinação, delicada para dar certa, pois um não nasceu para o outro, diferentemente do virginia com latakia, que combinam entre si perfeitamente. Acho que o triangulo (latakia, burley e virginia) amoroso de Da Vinci não deu certo!!!rsssssssssssssss

 

P.S3. O 3/3 deve ser cachimbado muito friamente, para ter sabor e não amargor, fica a dica....